Por outro lado, ao longo dos últimos tempos o Governo decidiu ir baixando as taxas de juro pagas pelos Certificados de Aforro, seguindo a baixa geral de taxas de juro, nomeadamente como forma de relançar a economia. Assim, estes certificados estão a ser remunerados a 1% ou menos, como se pode consultar no site do IGCP, levando muitos aforradores a procurar outros invstimentos.
Ora a mim parece-me muito estranho que se opte por ir buscar dinheiro, aparentemente mais caro, ao estrangeiro, afugentando os particulares nacionais de emprestarem ao Estado, em especial num país que nos últimos anos sofre de baixíssimos índices de poupança.
Poder-se-á argumentar que nestes Certificados o aforrador pode resgatar o dinheiro a qualquer momento, não garantindo o prazo de 3 ou 10 anos, como as obrigações. Isso no entanto pode ser influenciado, criando-se outro tipo de certificados que dessem um determinado valor de remuneração (por exemplo, 3% a ano), mas que tivessem baixas remunerações ao longo do tempo (exemplo 1%), tendo apenas no último período uma elevada remuneração. A média, assim, daria os 3%, mas quem retirasse o dinheiro antes do tempo, teria uma baixa remuneração.
Devem existir outros factores que expliquem esta aparente preferência pelo crédito estrangeiro (talvez não desviar fundos do consumo para a poupança?), mas não sei quais. Agradeço a quem saiba que me explique esta estranha contradição.
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Um novo instrumento para particulares, os Certificados do Tesouro.
Ver aqui
http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=429789
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