sábado, 19 de junho de 2010

Um país a alta velocidade

Este prédio (e a zona em redor) pode contar com acessos de alta velocidade em fibras da PT e da Vodafone, em cabo da Zon e, naturalmente, em ADSL de vários operadores. Talvez ainda tenha acesso da ArTelecom.





Que o país tem a ganhar em instalar uma rede de acesso em fibra, parece consensual.
Que cada operador instale a sua rede de alto débito, já é mais duvidoso.
Pode interessar a um ou outro operador mais endinheirado, interessa ao Governo, especialmente em tempo de crise, interessa e muito aos fornecedores de infraestrutura.

Mas e ao país, interessa? Nada. Apenas desperdiça recursos que poderiam ser mais bem investidos.
Nem sequer beneficia a concorrência, que igualmente poderia ser obtida desde que a rede de acesso única fosse operada por uma entidade independente e isenta. Aliás, poderia beneficiar a concorrência, ao focar os recursos dos operadores no serviço, e não na indiferenciada rede de acesso.

Algumas zonas e munícipios estão a optar por esta estratégia, mas só porque são zonas onde para os operadores seria pouco ou nada rentável investir.

E assim, de pobres passamos a mais pobres, mas com várias redes de acesso em alta velocidade enterradas.
Literalmente.

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