sexta-feira, 30 de abril de 2010

Desporto?

A mim fazem-me confusão pessoas que descem dois andares de elevador ao sair de casa para ir praticar um desporto.
Contradições do nosso tempo.

Ou se calhar sou eu que estou desenquadrado. Não encontro sentido nisto, pronto...

> Lfs diz:

"Também há aquelas pessoas que vão dar um passeio a pé, por exemplo, ao pé da costa e que fazem uns quantos quilómetros de carro até lá chegar. Depois é ver os carros estacionados no início das zonas pedonais. Não há mal nenhum nisso a não ser acabarem por poluir um pouco mais o planeta só para dar um passeio a pé. Passeios que podem ser feitos em outros lados como ao pé de casa, quem sabe para descobrir a zona onde habita e que nunca teve oportunidade de ver com atenção."

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Iluminação Pública

Em diversos locais, a iluminação pública é exagerada.
Já nem falo do tema da poluição visual, apesar de lhe ser sensível - já nem me lembro de conseguir ver a via láctea; já é um pau na cidade ver os planetas e as estrelas mais fortes.
É verdade que há locais com iluminação insuficiente, e que esta é necessária nomeadamente por questões de segurança.
Como se pode ver na fotografia abaixo, no entanto, penso que a ilumincação em muitos locais poderia, sem prejuízo de nenhum factor, ser reduzida a metade, não por via da redução de candeeiros, qiue garantem a distribuição uniforme, mas pelo corte na potência das lâmpadas.

E assim se poderia poupar 50% da energia consumida para este fim. Não conheço os números, mas deverá ser um valor bastante significativo.


segunda-feira, 26 de abril de 2010

Mais um motivo

para visitar o Porto!
Pelo menos para os miúdos...

http://www.publico.pt/Local/autocarros-de-dois-pisos-vao-voltar-as-ruas-do-porto_1434006





Primeiro reduzir, depois reutilizar ou reciclar

Coloca-se demasiado ênfase na reciclagem e (menos) na reutilização.
A meu ver, porém, o primeiro e mais importante esforço devia estar na redução.
Refiro-me a usar menos sacos de plástico, por exemplo.
A natureza consegue lidar com poucos poluidores, mas não com biliões de poluidores moderados.
Julgo que esta política é inevitável. O planeta já mal nos suporta no nível de desenvolvimento médio actual. Imagine-se quando a média indiana e chinesa de consumo for igual à nossa, para não dizer igual à americana.

Gostaria de ver cada um de nós (ou pelo menos da maioria) pensar uns segundos antes de cada acto de consumo:

- preciso mesmo de gastar hoje 3 litros de combustível para ir comprar a bugiganga que posso comprar quando lá passar?


- preciso realmente do saco de plástico que me estão a oferecer para colocar o livro que comprei, quando ao sair de casa levo sempre o livro na mão?

- é necessário aquecer a casa a esta temperatura para andar de manga curta em pleno inverno?

- preciso de abrir a torneira no máximo para retirar uns gramas de sujidade do prato?

- não consigo retirar 10 litros de água ao banho diário, com resultado de 3650l de água poupados por ano?

- preciso de máquina se secar roupa vivendo em Portrugal ???

Vem isto a propósito destas notícias http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=421703 e http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=421707 (oxalá seja para cumprir). De facto, preocupa-me estar sempre a ouvir falar em aumentar capacidade de produção em Portugal, inclusivamente recorrendo ao nuclear, quando o nosso PIB aumenta tão pouco e a população só não se reduz pela entrada de imigrantes.

Julgo que está é na hora de racionalizar e reduzir, sem prejuízo de muitos agregados que, pelas suas fracas condições de habitabilidade, precisam ainda de crescer em consumo energético.

Fiz há algum tempo umas contas ao preço de energia de 10 aparelhos em standby, considerando uma potência de 10W cada um. Dava cerca de 10€/mês. Acho que a maioria das pessoas não tem a noção desta grandeza. E não é difícil encontrar 10 destes aparelhos numa casa, entre os vários televisores, vídeos, DVDs, aparelhagens, electrodomésticos com relógios, rádio-despertadores, boxes da televisão e internet, portões automáticos, alarmes, etc, etc. Agora multipliquemos isto por 2 ou 3 milhões de casas.

Acima de tudo, é preciso espalhar a noção de o estado a que chegámos, e que me preocupa acima de tudo, não é culpa "deles", mas de todos nós consumidores irreflectidos. E que, por outro lado, o pouco que cada um de nós melhoremos, se subtrai ao muito que todos pesamos.





domingo, 25 de abril de 2010

Viva o Porto

O Porto é fantástico, palavra que anda na boca de todos os tripeiros.
Moderno, com o seu recente Metro, a sua Casa da Música, o seu gosto pela arquitectura, as suas zonas rejuvenescidas.
Acolhedor, com as suas gentes simpáticas.
Arrumado, pequena-grande cidade que ainda não perdeu o cheiro a aldeia.
Rodeado de verde, de um verde que já faz lembrar a Europa, um verde do norte e não de Lisboa.
Económico, próprio de gente que trabalha e dá valor ao dinheiro.


O Porto está ali mesmo à mão, à distância da travessia a pé de uma ponte, sobre um rio estreito mas podereso.
O Porto é a terra dos nomes felizes: Campo Alegre, Passeio Alegre!
No Porto parece que já saímos de Portugal.
O Porto é e sempre foi terra de liberdade.
Viva o Porto.

E viva o 25 de Abril.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Profissionalismo



Não há UMA reunião que comece à hora, no local onde trabalho. São 10 minutos (nunca menos que isso), são 20, é meia hora. Tempo durante o qual alguns dos convocados, que chegaram a horas ou vão simplesmente chegando, se entretêm ora lendo uns emails, ora em amena cavaqueira, ora escrevendo este post. Em todo o caso, com fraquíssima, se alguma, produtividade.
Cinco pessoas à espera durante 10min são 50min de trabalho que se perdem. E o respectivo salário.
Eu chamo a isto falta de profissionalismo, e é uma das características que nos diferencia (e distancia) grandemente de povos como o alemão ou o sueco, por exemplo.

Acho eu que isto explica parte significativa do nosso atraso, mas acho que sou só eu, porque não vejo ninguém importar-se, do peão ao administrador.

Ser pontual é coisa "careta", coisa do tempo da outra senhora. Moderno e na moda é ser despreocupado, chegar alegremente meia hora atrasado e nem pedir desculpa.

Afinal, para pontualidade já bastam aqueles chatos do norte, que até vêm em nosso auxílio quando não nos aguentamos com as dívidas. Até ver...

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E há aqueles colegas que chegam 15 minutos atrasados, não se dignaram telefonar nem lhes passa pela cabeça pedir desculpa, mas entram satisfeitos de café na mão.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

"Vieste a pé!?"

Ou "vieste de bicicleta?"
São duas perguntas ou exclamações que me irritam. Porque a minha reposta é: se posso vir a pé ou de bicicleta, porque hei-de vir de carro?

A utilização contemporânea irreflectida do carro para percorrer quaisquer 500 ou mil metros tem pelo menos um significado: os combustíveis estão ainda baratos demais. E já nem falo daqueles para quem este dispêndio tem pouco peso. Mesmo muitos daqueles que têm os tostões contados, utilizam o carro desta forma irracional.

Coisas deste tempo e deste povo.




segunda-feira, 19 de abril de 2010

Video killed the radio star

Quase não vejo televisão. Em contrapartida ouço muito rádio, embora esta esteja cada vez menos interessante (com excepções).
Concedo que há muitas notícias que na televisão têm outro interesse e impacto, obviamente por causa da imagem. Esta vantagem, porém, é também em grande medida o que me faz evitá-la: primeiro porque a imagem consome muito mais a atenção e por outro lado, o abuso da imagem traz-nos cada vez mais lixo, mesmo nos telejornais.
Vendo ainda a coisa por outro prisma, verifique-se a quantidade de notícias em que as imagens a passar estão apenas vagamente relacionadas com o tema descrito em áudio, porque não existem de facto imagens para aquelas notícias. É uma grande quantidade e nesse caso, ver as notícias na TV ou ouvi-las na rádio traz-nos a mesma informação.

sábado, 17 de abril de 2010

Ar puro!

Como os ares da Europa dvem estar mais limpos por estes dias! Claro que há as cinzas a mais. Mas, a menos, 20.000 aviões a deitar fumo.



sexta-feira, 16 de abril de 2010

Fragilidade da modernidade

A erupção na Islândia volta a recordar-nos da fragilidade do estilo de vida actual, que damos como adquirido.
Recentemente tivemos o caso da greve dos camionistas, as falhas de energia causados pelos temporais ou a catástrofe na Madeira.
Imaginemos que a erupção é maior, talvez semelhante à de Krakatoa há mais de cem anos. Num caso assim, talvez toda a aviação tenha que ficar em terra.
Casos para pensar.





quinta-feira, 15 de abril de 2010

O Povo é sereno!

Mas isto não pode ser só fumaça...

http://www.publico.pt/Politica/rui-pedro-soares-teve-conhecimento-previo-de-elogios-de-figo-a-socrates_1432341

São casos a mais, desculpas a mais, fugas a mais.
Nunca saberemos a verdade, claro, como é do interesse de muitos. Como em tantos outros recentes e antigos casos.
Mas não há dúvida que para muita gente, já é fumo a mais para não haver (muito) fogo.

O problema é mesmo falta de alternativa.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Todos a Fátima!

Extraordinário, mais uma tolerância de ponto a aumentar a produtividade dos funcionários públicos.
Todos católicos, claro, de outro modo que sentido faria a tolerância?
Devem seguir todos para Fátima, em comboio de autocarros, a expensas públicas.

É fantástico... Eu, quando quero comemorar o dia de aniversário de um filho, por exemplo, gasto um dos meus dias de férias.

Assim se trabalha para sair da crise.




domingo, 11 de abril de 2010

Urbanismo para viver

Gosto muito desta pequena rua pedonal. É transversal à Estrada da Luz.






Conheço mais algumas destas, mas não são muitas.
Agrada-me poder circular a pé ou de bicicleta por caminhos alternativos aos dos carros. Libertar-me do seu ruído e fumo constantes.

Em Carcavelos também existem algumas zonas com este tipo de alternativas. Infelizmente não servem hoje para muito mais que acumular excrementos de cães, porque verdadeiramente há muito pouca gente a andar a pé, se pode ir de carro.
E são veredas muito bonitas, apesar dos muros altos, pois estão densamente arborizadas pelos jardins das moradias de classe media-alta que as delimitam.
São das poucas veredas que viram a luz do dia. O plano que orientou aquela zona, o plano se urbanização da Costa do Sol de fins dos anos 40, apenas em pequena parte foi implementado.
Mais tarde foi aquilo que se viu e ainda se vê.



Gostaria de viver numa zona onde pudesse circular separado dos automóveis, de preferencia pelo meio do verde e, quando muito, encontrar os carros apenas no atravessamento de ruas e estradas. Gostava, mas a tendência é a contrária, com o continuo incentivo à automobilizacao da vida e todas as suas deslocações.
Temos muito que evoluir.