A meu ver, porém, o primeiro e mais importante esforço devia estar na redução.
Refiro-me a usar menos sacos de plástico, por exemplo.
A natureza consegue lidar com poucos poluidores, mas não com biliões de poluidores moderados.
Julgo que esta política é inevitável. O planeta já mal nos suporta no nível de desenvolvimento médio actual. Imagine-se quando a média indiana e chinesa de consumo for igual à nossa, para não dizer igual à americana.
Gostaria de ver cada um de nós (ou pelo menos da maioria) pensar uns segundos antes de cada acto de consumo:
- preciso mesmo de gastar hoje 3 litros de combustível para ir comprar a bugiganga que posso comprar quando lá passar?
- preciso realmente do saco de plástico que me estão a oferecer para colocar o livro que comprei, quando ao sair de casa levo sempre o livro na mão?
- é necessário aquecer a casa a esta temperatura para andar de manga curta em pleno inverno?
- preciso de abrir a torneira no máximo para retirar uns gramas de sujidade do prato?
- não consigo retirar 10 litros de água ao banho diário, com resultado de 3650l de água poupados por ano?
- preciso de máquina se secar roupa vivendo em Portrugal ???
Vem isto a propósito destas notícias http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=421703 e http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=421707 (oxalá seja para cumprir). De facto, preocupa-me estar sempre a ouvir falar em aumentar capacidade de produção em Portugal, inclusivamente recorrendo ao nuclear, quando o nosso PIB aumenta tão pouco e a população só não se reduz pela entrada de imigrantes.
Julgo que está é na hora de racionalizar e reduzir, sem prejuízo de muitos agregados que, pelas suas fracas condições de habitabilidade, precisam ainda de crescer em consumo energético.
Fiz há algum tempo umas contas ao preço de energia de 10 aparelhos em standby, considerando uma potência de 10W cada um. Dava cerca de 10€/mês. Acho que a maioria das pessoas não tem a noção desta grandeza. E não é difícil encontrar 10 destes aparelhos numa casa, entre os vários televisores, vídeos, DVDs, aparelhagens, electrodomésticos com relógios, rádio-despertadores, boxes da televisão e internet, portões automáticos, alarmes, etc, etc. Agora multipliquemos isto por 2 ou 3 milhões de casas.
Acima de tudo, é preciso espalhar a noção de o estado a que chegámos, e que me preocupa acima de tudo, não é culpa "deles", mas de todos nós consumidores irreflectidos. E que, por outro lado, o pouco que cada um de nós melhoremos, se subtrai ao muito que todos pesamos.
Se as pessoas adoptassem os pequenos conselhos que estão neste post, muita energia se poupava. Mesmo.
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