quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Tolerância de ponto
Maravilha. Não eram suficientes os dias 24 e 31 (inteiros) na C. M. Oeiras. Ainda era necessário mais meio dia, a tarde de 23. Viva o Presidente da Câmara.
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Projecto de ajuda para todo o ano
Nesta época de Natal, em que muitas pessoas procuram formas pontuais de ajudar quem precisa, fica aqui uma sugestão de ajuda que não se esgota nesta época. Quem precisa, normalmente precisa todo o ano.
O projecto Ser Humano, desenvolvido pela Tese, promove o apadrinhamento directo de crianças em diversos centros de acolhimento moçambicanos. O padrinho, doador, compromete-se com uma mensalidade para apoiar uma criança concreta, com a qual manterá contacto ao longo do tempo.
Para nós, que achamos que uma percentagem do PIB do mundo ocidental deveria ser canalizado para ajuda ao desenvolvimento dos países pobres, aqui está uma oportunidade de colocarmos em prática esta exigência, na primeira pessoa. Em vez de exigirmos, façamos.
Refere-se habitualmente como objectivo a percentagem de 1% do PIB canalizado para este fim. No caso do projecto Ser Humano, o valor é de 25€/mês, que corresponde a 1% de um rendimento familiar de 2500€/mês. Se este não é infelizmente o rendimento de todas as famílias, muitas haverá que podem abrir mão desta quantia - é o valor da TV Cabo e é menos que um jantar para 2 pessoas.
Fica aqui o convite e desafio.
O Centro das Irmãs Servas do Cenáculo, apoiado por este projecto, foi objecto de reportagem no programa "Princípes do Nada", que passou ontem na RTP1.
O projecto Ser Humano, desenvolvido pela Tese, promove o apadrinhamento directo de crianças em diversos centros de acolhimento moçambicanos. O padrinho, doador, compromete-se com uma mensalidade para apoiar uma criança concreta, com a qual manterá contacto ao longo do tempo.
Para nós, que achamos que uma percentagem do PIB do mundo ocidental deveria ser canalizado para ajuda ao desenvolvimento dos países pobres, aqui está uma oportunidade de colocarmos em prática esta exigência, na primeira pessoa. Em vez de exigirmos, façamos.
Refere-se habitualmente como objectivo a percentagem de 1% do PIB canalizado para este fim. No caso do projecto Ser Humano, o valor é de 25€/mês, que corresponde a 1% de um rendimento familiar de 2500€/mês. Se este não é infelizmente o rendimento de todas as famílias, muitas haverá que podem abrir mão desta quantia - é o valor da TV Cabo e é menos que um jantar para 2 pessoas.
Fica aqui o convite e desafio.
O Centro das Irmãs Servas do Cenáculo, apoiado por este projecto, foi objecto de reportagem no programa "Princípes do Nada", que passou ontem na RTP1.
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Eu-Chic?
Sempre pensei que me viam como chunga ou saloio.
Nunca tive aquela fatiota especialíssima para andar de bicicleta, nunca comprei canalização móvel para beber água em movimento e sempre utilizei a bicicleta sobretudo para me deslocar. Já tive um capacete, mas entretanto desapareceu-me.
Sei agora que era chic, porque me sentava a pedalar na bicicleta com a roupa normal. Quem diria.
www.lisboncyclechic.com
Não sei qual prefiro. Se ser chic ou saloio a andar de bicicleta...
Nunca tive aquela fatiota especialíssima para andar de bicicleta, nunca comprei canalização móvel para beber água em movimento e sempre utilizei a bicicleta sobretudo para me deslocar. Já tive um capacete, mas entretanto desapareceu-me.
Sei agora que era chic, porque me sentava a pedalar na bicicleta com a roupa normal. Quem diria.
www.lisboncyclechic.com
Não sei qual prefiro. Se ser chic ou saloio a andar de bicicleta...
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
O pilarete
Se não tem pilarete, é para estacionar.
Se tem pilarete mas ainda assim é possível estacionar, então também é para estacionar.
Se tem pilarete mas ainda assim é possível estacionar, então também é para estacionar.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
A indústria arrogante
A indústria da medicina continua a ser arrogante. Médicos, consultórios, clínicas, locais de exames de diagnóstico.
Quer saúde? Espere. Pague e espere. E espere o que for preciso.
Chega-se à hora. Atendem-nos no estilo do mais tradicional funcionalismo público. Depois dizem-nos que podemos esperar. E mais nada.
Não nos pedem desculpa pela hora que vamos esperar além da hora marcada, perguntando-nos se podemos esperar. Não. Nem sequer nos avisam do atraso. Podermos esperar já é um privilégio.
O cliente da saúde é alguém que apenas se pode limitar a esperar, não pode aspirar a ser dono do seu tempo. Não tem direito a isso.
E quando perguntamos a que horas seremos atendidos, olham-nos com estranheza, não acham sequer normal terem que dar uma ideia do atraso. O doente é um paciente.
E isto no privado. Que dizer do público. Aí chamam-nos para a consulta e algures nesse dia talvez sejamos atendidos.
Juntamente com a justiça (com a qual tenho tido a sorte, até agora, de ter pouco contacto), esta indústria da medicina deve ser uma das mais arrogantes que por aí subsistem.
Quer saúde? Espere. Pague e espere. E espere o que for preciso.
Chega-se à hora. Atendem-nos no estilo do mais tradicional funcionalismo público. Depois dizem-nos que podemos esperar. E mais nada.
Não nos pedem desculpa pela hora que vamos esperar além da hora marcada, perguntando-nos se podemos esperar. Não. Nem sequer nos avisam do atraso. Podermos esperar já é um privilégio.
O cliente da saúde é alguém que apenas se pode limitar a esperar, não pode aspirar a ser dono do seu tempo. Não tem direito a isso.
E quando perguntamos a que horas seremos atendidos, olham-nos com estranheza, não acham sequer normal terem que dar uma ideia do atraso. O doente é um paciente.
E isto no privado. Que dizer do público. Aí chamam-nos para a consulta e algures nesse dia talvez sejamos atendidos.
Juntamente com a justiça (com a qual tenho tido a sorte, até agora, de ter pouco contacto), esta indústria da medicina deve ser uma das mais arrogantes que por aí subsistem.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Menos um saco de plástico
E se os empregados de balcão e caixas de superfícies comerciais perguntassem por sistema se o cliente quer saco, em vez de sistematicamente ensacarem a mais pequena coisa?
Quantas toneladas de plástico (ou papel) sairiam a menos directamente para o lixo?
Quantas toneladas de plástico (ou papel) sairiam a menos directamente para o lixo?
O
O Pingo Doce, na prática, foi o que fez, acrescentando ainda o pequeno desincentivo do preço do saco. E ainda bem.
Se apenas quatro ou cinco dos grandes seguissem os passos do Pingo Doce, que diferença faria. Vou ver se arranjo um contacto para fazer a sugestão. Com pouca esperança.
Quem fiscaliza a Polícia Municipal?
Ninguém, claro.
Há uns anos esta mesma Polícia Municipal rebocou-me o carro porque tinha um anúncio de venda. O carro estava bem estacionado, ao contrário deste, e num local onde há sempre lugares vagos. Não se limitaram a multar; tiveram que rebocar.
Com bons exemplos destes...
Há uns anos esta mesma Polícia Municipal rebocou-me o carro porque tinha um anúncio de venda. O carro estava bem estacionado, ao contrário deste, e num local onde há sempre lugares vagos. Não se limitaram a multar; tiveram que rebocar.
Com bons exemplos destes...
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Português
Recebi este texto por email e acho que vale a pena divulgá-lo:
Porque, o problema não está só em quem nos governa... O problema está naquele que reclama: O NOSSO POVO!!!
"O PORTUGUÊS teve sempre o hábito de reclamar dos seus governantes…
Criticamos os autarcas, os ministros e o presidente da República…
Reclamávamos dos governos anteriores e reclamamos deste.
Já deixamos de reclamar do Guterres e do Durão Barroso… que fugiram!
Quando tivermos novas eleições, provavelmente, teremos outros governantes... (ou serão os mesmos?)
Mas o povo vai continuar a reclamar…
E sabes por quê?
Porque, o problema não está só em quem nos governa... O problema está naquele que reclama: O NOSSO POVO!!!
O PROBLEMA ESTÁ N’O PORTUGUÊS…
Afinal, o que se pode esperar de um povo que sempre “dá um jeitinho”? Um povo que valoriza o espertalhão e não o sábio ou o justo ?
Um povo que aplaude o vencedor do Big Brother, mas não sabe o nome dum escritor português?
Que respeito merece um povo que reelege uma Fátima Felgueiras, um Isaltino Morais, um Valentim Loureiro e outros?!!!
Um povo que admira o fulano que fica rico da noite para o dia?
Que ri quando consegue sacar a TVCABO do vizinho?
Sonega tudo o que pode e, quando pode, sonega até o que não pode?
O que esperar de um povo que não sabe o que é pontualidade? Que atira o lixo para a rua e depois reclama pela sujeira das ruas da cidade?
O que esperar de um povo que não valoriza a leitura?
O que esperar de um povo que finge estar a dormir quando um idoso ou um deficiente entra no autocarro?
O que dizer de um povo endividado, que continua a gastar mais do que pode?
O PROBLEMA DE PORTUGAL NÃO SÃO SÓ OS GOVERNANTES. SÃO OS PORTUGUESES !
Os governantes não se auto-elegeram: foi o povo que votou neles!...
Os governantes não fazem exames, ganham os votos do povo!!!
OH ZÉ POVO ABRE OS OLHOS BEM ABERTOS DE UMA VEZ PARA SEMPRE!!!"
Participação cívica
Participei pela primeira vez na reunião pública mensal da minha Junta de Freguesia. Andava para o fazer há alguns meses, por uma razão ou outra adiava.
Havia cinco pessoas pela direcção da Junta e, no público, éramos quatro: eu pela primeira vez, uma outra pessoa, que me pareceu também participar pela primeira vez e duas senhoras que são habitués.
No fim da reunião, um dos membros da Junta congratulou-se pela anormal afluência de público a esta reunião: 4 pessoas em vez das costumeiras 2. Pareceu-me genuinamente contente pelo maior interesse nas reuniões, incentivando-nos a participar mais, trazer assuntos e convencer outras pessoas a participar. Assim farei, pois concordo que é minha obrigação cívica.
É este o triste retrato deste povo, o português. Exigente e fala-barato quanto toca a reclamar, em especial na conversa de esquina ou de café. Preguiçoso e eximindo-se a qualquer participação cívica, quando tem oportunidade de reclamar, informar-se ou sugerir.
E é isto a todos os níveis: na reunião pública da Junta de Freguesia, na reunião de pais, na assembleia de condóminos ou na assembleia da associação da qual beneficia.
Um povo que "não se governa nem se deixa governar", lá dizia o outro.
Havia cinco pessoas pela direcção da Junta e, no público, éramos quatro: eu pela primeira vez, uma outra pessoa, que me pareceu também participar pela primeira vez e duas senhoras que são habitués.
No fim da reunião, um dos membros da Junta congratulou-se pela anormal afluência de público a esta reunião: 4 pessoas em vez das costumeiras 2. Pareceu-me genuinamente contente pelo maior interesse nas reuniões, incentivando-nos a participar mais, trazer assuntos e convencer outras pessoas a participar. Assim farei, pois concordo que é minha obrigação cívica.
É este o triste retrato deste povo, o português. Exigente e fala-barato quanto toca a reclamar, em especial na conversa de esquina ou de café. Preguiçoso e eximindo-se a qualquer participação cívica, quando tem oportunidade de reclamar, informar-se ou sugerir.
E é isto a todos os níveis: na reunião pública da Junta de Freguesia, na reunião de pais, na assembleia de condóminos ou na assembleia da associação da qual beneficia.
Um povo que "não se governa nem se deixa governar", lá dizia o outro.
De referir ainda que estas reuniões têm um horário consentâneo com a disponibilidade das pessoas, ao contrário das reuniões pública da Câmara, que são de manhã.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Educação
Ora aqui está um artigo que nos interessa muito.
Da autoria de Thomas Friedman, autor de (entre outros), o "Mundo é Plano", no qual aborda (também) o tema da educação e de como os Estados Unidos estão a perder esta corrida para os países orientais, com profundas consequências em termos de concorrência no futuro.
Da autoria de Thomas Friedman, autor de (entre outros), o "Mundo é Plano", no qual aborda (também) o tema da educação e de como os Estados Unidos estão a perder esta corrida para os países orientais, com profundas consequências em termos de concorrência no futuro.
Destaco estes trechos, por terem a ver com a nossa realidade:
" There are three basic skills that students need if they want to thrive in a knowledge economy: the ability to do critical thinking and problem-solving; the ability to communicate effectively; and the ability to collaborate.
If you look at the countries leading the pack in the tests that measure these skills (like Finland and Denmark), one thing stands out: they insist that their teachers come from the top one-third of their college graduating classes."
If you look at the countries leading the pack in the tests that measure these skills (like Finland and Denmark), one thing stands out: they insist that their teachers come from the top one-third of their college graduating classes."
"..."
"Duncan disputes the notion that teachers’ unions will always resist such changes. He points to the new “breakthrough” contracts in Washington, D.C., New Haven and Hillsborough County, Fla., where teachers have embraced higher performance standards in return for higher pay for the best performers."
«"“We have to reward excellence,” he said. “We’ve been scared in education to talk about excellence. We treated everyone like interchangeable widgets. Just throw a kid in a class and throw a teacher in a class.” This ignored the variation between teachers who were changing students’ lives, and those who were not. “If you’re doing a great job with students,” he said, “we can’t pay you enough.”»
"All good ideas, but if we want better teachers we also need better parents — parents who turn off the TV and video games, make sure homework is completed, encourage reading and elevate learning as the most important life skill. The more we demand from teachers the more we have to demand from students and parents. That’s the Contract for America that will truly ensure our national security."
sábado, 20 de novembro de 2010
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Cada povo tem o governo que merece
Tomando este recorte como verdadeiro (e se não é, muitos outros textos há no mesmo sentido, nesta época), há 125 anos a culpa era da Monarquia.
100 anos de República depois, no entanto, a situação é semelhante.
Jornal republicano A Vanguarda
23 de Agosto de 1895
Será talvez difícil, passado um século, culpar ainda a Monarquia.
Hoje, atiramos a culpa para "eles", para os "políticos".
Mas não será estranho que, passado todo este tempo, com três regimes radicalmente diferentes entre si, o problema de há 125 anos se mantenha? Qual será o elemento comum ao longo destes 125 anos?
Não é a Monarquia. Não são os "políticos", pois já não são os mesmos de há 125 anos, e já tivemos várias gerações deles, com mais de 30 anos de eleições livres.
Não será o povo português o elemento comum a todo este período? Sim, não seremos "nós" em vez de "eles"?
Enquanto só formos bons a desresponsabilizar-nos, a empurrar a culpa do desgoverno para "eles", não me parece que "eles" façam alguma coisa por "nós".
100 anos de República depois, no entanto, a situação é semelhante.
Jornal republicano A Vanguarda
23 de Agosto de 1895
Será talvez difícil, passado um século, culpar ainda a Monarquia.
Hoje, atiramos a culpa para "eles", para os "políticos".
Mas não será estranho que, passado todo este tempo, com três regimes radicalmente diferentes entre si, o problema de há 125 anos se mantenha? Qual será o elemento comum ao longo destes 125 anos?
Não é a Monarquia. Não são os "políticos", pois já não são os mesmos de há 125 anos, e já tivemos várias gerações deles, com mais de 30 anos de eleições livres.
Não será o povo português o elemento comum a todo este período? Sim, não seremos "nós" em vez de "eles"?
Enquanto só formos bons a desresponsabilizar-nos, a empurrar a culpa do desgoverno para "eles", não me parece que "eles" façam alguma coisa por "nós".
domingo, 31 de outubro de 2010
Bichofonia Concertante
Que magnífico espectáculo apresentou hoje a Companhia de Música Teatral em Carnaxide!
Não é frequente eu ver um espectáculo daquele nível, em especial para crianças.
Já tínhamos vários dos seus discos, mas ao vivo é muitas vezes superior. Já tinha visto há uns anos o Andakibebe, mas nessa altura estava mais ocupado com o aborrecimento de 2 crianças de maior idade e a sofrer com um sol impiedoso no Parque dos Poetas. Não pude apreciar devidamente.
Um espectáculo de mais de 5 estrelas! Sem concessões à banalidade ou ao facilitismo. Textos, encenação e representação excelentes. Música que visita diversos estilos, uma maravilha. E mesmo assim a sala não esgota…
Fiquei realmente rendido. Fôssemos todos assim em Portugal e estaríamos no 1º escalão da Europa.
Estão de parabéns.
Halloween
Mais uma prova de como somos pequenos e ridículos é esta treta do Halloween.
Mais uma concessão ao colonialismo cultural anglo-saxónico e, muito especialmente, a adopção de toda a espécie de consumismo que o comércio nos propõe e que nós alegremente agarramos.
E o que me custa mais ainda é a colaboração das escolas em criar mais esta "velha" tradição.
Não tarda nada estaremos a festejar alegremente o 4 de Julho como nunca celebrámos o 10 de Junho. Com bandeiras americanas e tudo. Basta algum hipermercado lembrar-se de criar mais esta oportunidade de negócio.
Mais uma concessão ao colonialismo cultural anglo-saxónico e, muito especialmente, a adopção de toda a espécie de consumismo que o comércio nos propõe e que nós alegremente agarramos.
E o que me custa mais ainda é a colaboração das escolas em criar mais esta "velha" tradição.
Não tarda nada estaremos a festejar alegremente o 4 de Julho como nunca celebrámos o 10 de Junho. Com bandeiras americanas e tudo. Basta algum hipermercado lembrar-se de criar mais esta oportunidade de negócio.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
domingo, 10 de outubro de 2010
A recuperação da crise
Ora quem diria...
Estamos todos mal , mas uns sairão pior que outros.
É o habitual. Nunca tão mal como os outros, mas também nunca tão bem quando toca a crescer.
Estamos todos mal , mas uns sairão pior que outros.
É o habitual. Nunca tão mal como os outros, mas também nunca tão bem quando toca a crescer.
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Criatividade dos boys
Não há dúvida que estes rapazes da JSD mostram criatividade. Estou-me também a lembrar do cartaz do pinóquio.
Eles estão na rampa de lançamento, alinhados, à espera, para se tornarem os próximos ocupantes dos cargos públicos nacionais.
Mas será que estes boys serão melhores que os actuais Ruis Pedros Soares e etc?
Vão usar esta criatividade para servirem ou para se servirem?
Eles estão na rampa de lançamento, alinhados, à espera, para se tornarem os próximos ocupantes dos cargos públicos nacionais.
Mas será que estes boys serão melhores que os actuais Ruis Pedros Soares e etc?
Vão usar esta criatividade para servirem ou para se servirem?
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Bilhete família na CP Lisboa
Fiquei muito satisfeito com esta notícia, que referia 50% de desconto para uma família de 4 pessoas, em viagens de ida e volta, ao fim de semana, nos comboios urbanos de Lisboa.
Decepção. Hoje verifiquei que a redução, na melhor das hipóteses, é de cerca de 25%.
Com detalhe: um certo bilhete, ida e volta, custa 3,5€. No modelo de bilhete família, fica em 10,40€ (salvo erro). Se um dos membros paga meio bilhete, ainda compensa alguma coisa. Se 2 pagam meio bilhete, já é praticamente igual. E se um dos membros da família paga meio e o outro ainda não paga, não compensa.
O incentivo a ir de comboio é curto. Ir e vir por 10€ ainda não compensa. Continua a ser mais barato e cómodo ir de carro ao fim de semana, mesmo pagando estacionamento.
Percebo que é preciso pagar o transporte público.
Mas enquanto o estacionamento, a entrada na cidade e o combustível forem ao preço actual, não compensa ir de comboio.
Decepção. Hoje verifiquei que a redução, na melhor das hipóteses, é de cerca de 25%.
Com detalhe: um certo bilhete, ida e volta, custa 3,5€. No modelo de bilhete família, fica em 10,40€ (salvo erro). Se um dos membros paga meio bilhete, ainda compensa alguma coisa. Se 2 pagam meio bilhete, já é praticamente igual. E se um dos membros da família paga meio e o outro ainda não paga, não compensa.
O incentivo a ir de comboio é curto. Ir e vir por 10€ ainda não compensa. Continua a ser mais barato e cómodo ir de carro ao fim de semana, mesmo pagando estacionamento.
Percebo que é preciso pagar o transporte público.
Mas enquanto o estacionamento, a entrada na cidade e o combustível forem ao preço actual, não compensa ir de comboio.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Gravação de imagens na via pública
Acabo de tirar a fotografia que se vê abaixo:
Qual será o suporte legal para se filmar a via pública, ainda por cima numa fachada do edifício que não tem entrada para o público?
Eu acho que nenhuma. E estas situações proliferam, tanto em edifícios de escritórios e serviços, como em propriedades particulares.
Acabei de pôr a questão à Comissão Nacional de Protecção de Dados. Esta é um tipo de questões para as quais devemos estar atentos. Quem não acredita, que leia o "1984".
Qual será o suporte legal para se filmar a via pública, ainda por cima numa fachada do edifício que não tem entrada para o público?
Eu acho que nenhuma. E estas situações proliferam, tanto em edifícios de escritórios e serviços, como em propriedades particulares.
Acabei de pôr a questão à Comissão Nacional de Protecção de Dados. Esta é um tipo de questões para as quais devemos estar atentos. Quem não acredita, que leia o "1984".
domingo, 5 de setembro de 2010
Cães na Tapada das Necessidades
É proíbida a sua entrada! Afinal sempre é possível a existência de uns hectares de jardim ou parque sem a omnipresença dessa praga urbana.
Porque deixemo-nos de eufemismos de política suave: a plena fruição de um parque é incompatível com a presença de cães. Muito em especial cães na ponta de uma trela, pois é mais que óbvio ao que vão os seus donos: fazer do jardim casa de banho.
E por mais educados que sejam os donos, cães e pessoas não podem coexistir em jardins e parques com relvados.
Gostaria de se sentar, deitar, rebolar, jogar à bola, fazer um pic-nic,..., onde os cães andam a fazer as necessidades, por mais que donos apanhem? Eu também não. E muito menos devem as crianças ser obrigadas a isso.
Talvez um dia nos deixemos de modernismos saloios de politiquice correcta: há coisas que devem ser proíbidas e pronto.
sábado, 4 de setembro de 2010
Aos poucos...
Estação de Carcavelos.
E já são duas! Noutro ponto da estação estava outra, e faz três!
Vamos ver se hoje não passa por aqui o "senhor graúdo da CP que mora aqui na Parede e que não quer ver aqui as bicicletas", palavras de um segurança a admoestar-me pelo meu crime de deixar o veiculo desta maneira, na estação da Parede.
Podem até rebocar-me o velocípede ou, pior, vandalizar-mo. Nesta segunda hipótese acredito mais, que esta "mobilidade sustentada" que aparentam fomentar é quase só fachada.
E já são duas! Noutro ponto da estação estava outra, e faz três!
Vamos ver se hoje não passa por aqui o "senhor graúdo da CP que mora aqui na Parede e que não quer ver aqui as bicicletas", palavras de um segurança a admoestar-me pelo meu crime de deixar o veiculo desta maneira, na estação da Parede.
Podem até rebocar-me o velocípede ou, pior, vandalizar-mo. Nesta segunda hipótese acredito mais, que esta "mobilidade sustentada" que aparentam fomentar é quase só fachada.
A biblioteca itinerante
Boas recordações tenho desta carrinha.
A minha mãe é que me apresentou à biblioteca, embora não me recorde dos detalhes. Julgo que também ela tinha sido sua leitora na juventude.
Para a minha idade eram os livros com bolinha verde. Da prateleira fundeira. Mas o bibliotecário já me deixava levar os de bola laranja, da segunda prateleira. Depois de escolhidos, preenchia no fundo da carrinha o papelinho com as cotas respectivas e entregava, já na frente, ao bibliotecário, antes de sair.
Eram livros de capas duras e austeras, encadernados para durar. Mas que não me assustavam.
Lá li o Júlio Verne, a Agatha Christie, os clássicos gregos adaptados para miúdos, o Alves Redol, o Charles Dickens, o John Steinbeck, o "Coca-Cola Killer", a ficção científica, talvez alguns russos e dúzias de outros de que não me lembro mas que estão devidamente incorporados.
O que eu e o país devemos à Gulbenkian!
Já tive ocasião de lhes agradecer este fantástico serviço por email, embora tenha ficado sem resposta.
______________________________________________
MAI2019:
Entretanto a vila equipou-se h+a vários anos com uma bela biblioteca (na qual parte do fundo pertencia às bibliotecas Gulbenkian).
Recentemente tive a grata notícia de que, 30 anos depois, a vila presta agora às suas aldeiras o mesmo serviço que a Gulbenkian prestava à minha e tantas outras localidades pelo país: instituiu uma biblioteca itinerante no sec XXI.
O que eu gostei de saber isto.
A minha mãe é que me apresentou à biblioteca, embora não me recorde dos detalhes. Julgo que também ela tinha sido sua leitora na juventude.
Uma quarta-feira por mês lá estacionava ela na Praça da República da vila onde morava, cerca das 6 ou 7 horas da tarde. A carrinha era servida por duas pessoas: talvez um bibliotecário e um motorista.
E lá nos dirigíamos nós, com os três livros (às vezes lá conseguia trazer quarto) em geral lidos e o cartãozinho metido na capa de plástico. Julgo que era no cartão que estavam inscritos os dias da visita da carrinha.
Nessa altura (e muito tempo depois) lia muitíssimo mais que agora. Nessa altura e até há poucos anos, não havia biblioteca na vila.
Para a minha idade eram os livros com bolinha verde. Da prateleira fundeira. Mas o bibliotecário já me deixava levar os de bola laranja, da segunda prateleira. Depois de escolhidos, preenchia no fundo da carrinha o papelinho com as cotas respectivas e entregava, já na frente, ao bibliotecário, antes de sair.
Eram livros de capas duras e austeras, encadernados para durar. Mas que não me assustavam.
Lá li o Júlio Verne, a Agatha Christie, os clássicos gregos adaptados para miúdos, o Alves Redol, o Charles Dickens, o John Steinbeck, o "Coca-Cola Killer", a ficção científica, talvez alguns russos e dúzias de outros de que não me lembro mas que estão devidamente incorporados.
O que eu e o país devemos à Gulbenkian!
Já tive ocasião de lhes agradecer este fantástico serviço por email, embora tenha ficado sem resposta.
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MAI2019:
Entretanto a vila equipou-se h+a vários anos com uma bela biblioteca (na qual parte do fundo pertencia às bibliotecas Gulbenkian).
Recentemente tive a grata notícia de que, 30 anos depois, a vila presta agora às suas aldeiras o mesmo serviço que a Gulbenkian prestava à minha e tantas outras localidades pelo país: instituiu uma biblioteca itinerante no sec XXI.
O que eu gostei de saber isto.
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
A montanha Casa Pia
É amanhã que a montanha vai parir um rato!
http://aeiou.expresso.pt/casa-pia-leitura-da-decisao-do-julgamento-e-amanha=f601876
Ou uma pulga, a ver vamos.
http://aeiou.expresso.pt/casa-pia-leitura-da-decisao-do-julgamento-e-amanha=f601876
Ou uma pulga, a ver vamos.
domingo, 29 de agosto de 2010
Prioridades noticiosas
Antena 1, notícias das 0h:
Primeira notícia, Benfica fez primeiros 3 pontos no campeonato. Notícia bem desenvolvida, com entrevistas diversas, afinal o momento é decisivo, inicio da época.
Segunda noticia, primeira vitória do Guimaraes (?). Mais um assunto de interesse nacional.
Terceira noticia, iniciativa política do CDS.
Grande país, grande e exigente povo.
Há dez ou quinze anos ainda havia o bom senso ou o decoro de deixar o desporto (ou futebol) para o fim das notícias.
Primeira notícia, Benfica fez primeiros 3 pontos no campeonato. Notícia bem desenvolvida, com entrevistas diversas, afinal o momento é decisivo, inicio da época.
Segunda noticia, primeira vitória do Guimaraes (?). Mais um assunto de interesse nacional.
Terceira noticia, iniciativa política do CDS.
Grande país, grande e exigente povo.
Há dez ou quinze anos ainda havia o bom senso ou o decoro de deixar o desporto (ou futebol) para o fim das notícias.
sábado, 28 de agosto de 2010
Você cá, você lá
"Matilde, onde é que vai?", pergunta a mãe à criança.
Ahhhhhhhh!!!
Se o ridículo matasse!
Ahhhhhhhh!!!
Se o ridículo matasse!
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
10 princípios básicos da mobilidade sustentável
Muito interessante. Princípios básicos que eram seguidos há 50 ou 60 anos em Portugal, no tempo das trevas, e que resultaram em bairros que funcionam. Alvalade, por exemplo. Planeava-se o bairro para ter todas as valências: habitação, centro comunitário, comércio, escolas e até igreja. Mas hoje o automóvel resolve tudo, portanto, é a selva. Tudo pode estar em qualquer lugar. Dez kms de casa ao supermercado, 5km para a escola, 50km para o trabalho. É a realidade dos tempos esclarecidos.
In http://www.menosumcarro.pt/Default.aspx?tabid=75&itemId=776&parId=68:
10 princípios básicos da mobilidade sustentável
O projecto Our Cities Ourselves e o urbanista dinamarquês Jan Gehl lançaram um livro para estimular o debate de ideias e a implantação de uma política de mobilidade pública mais inteligente.
De acordo com o blog Empresa Verde, o livro contém dez princípios básicos para transformar qualquer cidade num modelo de mobilidade sustentável.
Esta publicação fará parte de uma das exposições do Our Cities Ourselves, que decorrerá até ao dia 11 de Setembro em Nova Iorque.
Aliás, até à data final serão realizadas dez apresentações – de dez arquitectos diferentes – sobre visões para melhorar o transporte público de dez cidades de todo o mundo.
Os princípios para melhorar a mobilidade sustentável são:
1. Direito de andar. Todos os indivíduos são pedestres e é essencial ter um bom ambiente de trânsito a pé;
2. Transporte não poluente. O melhor meio de transporte é o que não polui, por isso a bicicleta e os outros transportes não-motorizados devem ser encorajados através de vias específicas.
3. Mobilidade colectiva. Para distâncias maiores e que não possam ser feitas a pé ou através de bicicleta, a melhor alternativa é o transporte colectivo.
4. Restrição ao acesso de veículos. Em lugares onde exista um grande trânsito de pedestres e muitas construções, deverá ser reduzido o acesso de veículos.
5. Serviços de entregas sustentável. As entregas devem ser realizadas da maneira mais limpa e segura possível.
6. Integração. Um bom bairro é aquele que integra áreas residenciais, comerciais e de lazer. Esta diversidade atrai as pessoas para trabalharem, fazer compras ou aproveitar o espaço.
7. Preencher espaços. Pode parecer que não, mas os moradores e turistas são normalmente atraídos para lugares onde possam realizar a maioria das tarefas diárias a pé. Preencher espaços baldios (alô Lisboa!) pode facilitar a vida da comunidade.
8. Preservação cultural. Uma comunidade torna-se mais atraente quando se expõe a sua cultura, tradição e belezas naturais. São estas que tornam todos os lugares únicos.
9. Unir os espaços. Uma boa junção dos quarteirões diminui a distância entre os destinos e aquela sensação de que se tem de ir de carro para todo o lado. E possibilitam o trânsito a pé ou de bicicleta.
10. Pensar a longo prazo. Uma estratégia de longo prazo, sobretudo na construção de infra-estruturas, torna o transporte mais sustentável.
In http://www.menosumcarro.pt/Default.aspx?tabid=75&itemId=776&parId=68:
10 princípios básicos da mobilidade sustentável
O projecto Our Cities Ourselves e o urbanista dinamarquês Jan Gehl lançaram um livro para estimular o debate de ideias e a implantação de uma política de mobilidade pública mais inteligente.
De acordo com o blog Empresa Verde, o livro contém dez princípios básicos para transformar qualquer cidade num modelo de mobilidade sustentável.
Esta publicação fará parte de uma das exposições do Our Cities Ourselves, que decorrerá até ao dia 11 de Setembro em Nova Iorque.
Aliás, até à data final serão realizadas dez apresentações – de dez arquitectos diferentes – sobre visões para melhorar o transporte público de dez cidades de todo o mundo.
Os princípios para melhorar a mobilidade sustentável são:
1. Direito de andar. Todos os indivíduos são pedestres e é essencial ter um bom ambiente de trânsito a pé;
2. Transporte não poluente. O melhor meio de transporte é o que não polui, por isso a bicicleta e os outros transportes não-motorizados devem ser encorajados através de vias específicas.
3. Mobilidade colectiva. Para distâncias maiores e que não possam ser feitas a pé ou através de bicicleta, a melhor alternativa é o transporte colectivo.
4. Restrição ao acesso de veículos. Em lugares onde exista um grande trânsito de pedestres e muitas construções, deverá ser reduzido o acesso de veículos.
5. Serviços de entregas sustentável. As entregas devem ser realizadas da maneira mais limpa e segura possível.
6. Integração. Um bom bairro é aquele que integra áreas residenciais, comerciais e de lazer. Esta diversidade atrai as pessoas para trabalharem, fazer compras ou aproveitar o espaço.
7. Preencher espaços. Pode parecer que não, mas os moradores e turistas são normalmente atraídos para lugares onde possam realizar a maioria das tarefas diárias a pé. Preencher espaços baldios (alô Lisboa!) pode facilitar a vida da comunidade.
8. Preservação cultural. Uma comunidade torna-se mais atraente quando se expõe a sua cultura, tradição e belezas naturais. São estas que tornam todos os lugares únicos.
9. Unir os espaços. Uma boa junção dos quarteirões diminui a distância entre os destinos e aquela sensação de que se tem de ir de carro para todo o lado. E possibilitam o trânsito a pé ou de bicicleta.
10. Pensar a longo prazo. Uma estratégia de longo prazo, sobretudo na construção de infra-estruturas, torna o transporte mais sustentável.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Bibliotecas de praia em Sesimbra
Belo e útil serviço da Câmara de Sesimbra. Pelo facto de se disponibilizar às pessoas no seu período de máxima disponibilidade, poderá chegar a públicos a que não chegaria de outro modo.
E se outros méritos não tivesse, poupa algumas horas de exposição solar a quem a frequenta, e em especial crianças.
E se outros méritos não tivesse, poupa algumas horas de exposição solar a quem a frequenta, e em especial crianças.
A super espécie humana
A Humanidade conseguiu num curto espaço de 100 ou 200 anos alterar a composição da atmosfera de forma drástica. Está a conseguir fazer o mesmo ao mar, de acordo com esta notícia do Público acerca da concentração de plástico nos oceanos. Não tardará, se não estiver a acontecer já, estaremos a incorporar plástico nos nossos próprios corpos, à medida que este sobe na cadeia alimentar e se concentra.
A alteração da atmosfera já aconteceu no passado, com consequências drásticas para algumas espécies, mas nenhuma para a natureza. Foi assim quando organismos oxigenaram a atmosfera, alterando-a para sempre e no limite eliminado as condições para a sua própria sobrevivência. Ou terá sido assim, talvez de forma temporária, aquando dos factos que determinaram a extinção dos dinossauros (não tanto por alteração da composição da atmosfera, mas pela seu obscurecimento por poeiras).
Para a natureza, porém, isto não passam de ligeiros acontecimentos como quaisquer outros. A vida continuará. E mesmo que não continue, a natureza dispõe de todo o tempo do mundo (ou pelo menos até ao próximo bug cruch) para a recriar aqui ou em qualquer outro lugar. E não há razão nenhuma para ser necessária vida no Universo... Que se saiba, nenhuma espécie além da humana tem consciência para se preocupar com estas matérias.
Com o fantástico poder que a espécie humana adquiriu, conseguimos a proeza de alterar todo um planeta.
E usamos muito mal este poder. Estamos a conseguir degradar de forma significativa e irreversível as condições de vida para a nossa espécie no planeta. Estamos ao mesmo tempo a prejudicar muitas outras espécies, mas não tenhamos dúvidas que isso nada significa para a natureza. Em alguns centenas de milhares de anos a natureza terá apagado a nossa presença e criado uma nova variedade de espécies adaptadas as novas condições. A perda é essencialmente nossa.
A alteração da atmosfera já aconteceu no passado, com consequências drásticas para algumas espécies, mas nenhuma para a natureza. Foi assim quando organismos oxigenaram a atmosfera, alterando-a para sempre e no limite eliminado as condições para a sua própria sobrevivência. Ou terá sido assim, talvez de forma temporária, aquando dos factos que determinaram a extinção dos dinossauros (não tanto por alteração da composição da atmosfera, mas pela seu obscurecimento por poeiras).
Para a natureza, porém, isto não passam de ligeiros acontecimentos como quaisquer outros. A vida continuará. E mesmo que não continue, a natureza dispõe de todo o tempo do mundo (ou pelo menos até ao próximo bug cruch) para a recriar aqui ou em qualquer outro lugar. E não há razão nenhuma para ser necessária vida no Universo... Que se saiba, nenhuma espécie além da humana tem consciência para se preocupar com estas matérias.
Com o fantástico poder que a espécie humana adquiriu, conseguimos a proeza de alterar todo um planeta.
E usamos muito mal este poder. Estamos a conseguir degradar de forma significativa e irreversível as condições de vida para a nossa espécie no planeta. Estamos ao mesmo tempo a prejudicar muitas outras espécies, mas não tenhamos dúvidas que isso nada significa para a natureza. Em alguns centenas de milhares de anos a natureza terá apagado a nossa presença e criado uma nova variedade de espécies adaptadas as novas condições. A perda é essencialmente nossa.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
De bicicleta no Google Maps
Já é possível no Google Maps obter rotas para deslocações em bicicleta, mas apenas para os Estados Unidos.
Podem ler o anúncio de lançamento no blog do Google.
Em alguns locais, o mapa mostra inclusivamente os percursos específicos para bicicleta. Um exemplo para San Francisco. (Para isso é preciso activar a layer respectiva)
Em Lisboa e no país em geral já existem algumas pistas cicláveis. Era interessante que fossem alimentadas para o Google Maps, para podermos também utilizar esta opção.
domingo, 15 de agosto de 2010
O culto latino do atraso
Thomas Mann em "Mário e o Mágico", Itália, 1930:
"...notámos que a hora do começo do espectáculo, já de si tardia e que nos fizera pensar duas vezes antes de tomarmos uma decisão, era negligenciada: apenas com grande lentidão é que um público para quem o mais importante parecia ser chegar atrasado, começou a ocupar a plateia..."
Quem fala de italianos fala de portugueses ou espanhóis. Horas certas para quê?
"...notámos que a hora do começo do espectáculo, já de si tardia e que nos fizera pensar duas vezes antes de tomarmos uma decisão, era negligenciada: apenas com grande lentidão é que um público para quem o mais importante parecia ser chegar atrasado, começou a ocupar a plateia..."
Quem fala de italianos fala de portugueses ou espanhóis. Horas certas para quê?
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Menos sal
Entra agora com força de lei a redução de sal no pão.
É uma boa notícia, na sequência de algumas outras medidas deste (e do anterior) Governo.
Se fosse de qualquer outra forma (exemplo de milhões gastos em sensibilização), o resultado seria próximo de nenhum. A verdade é que só assim se lá vai.
Esta medida terá um efeito enorme. Apesar das pequenas quantidades de sal envolvidas, estamos perante a matemática dos grandes números. Todos comemos pão, em quase todas as refeições, todos os dias. Atacando em apenas um ponto, estamos ainda assim a atacar uma parte significativa do problema, em cada cidadão. A seguir entram os multiplicadores que dão escala e teremos grandes reduções de problemas e mortes provocados ou potenciados pelo sal. Mesmo a nível económico é um benefício.
Pelo mesmo caminho se deve ir no que toca à obesidade começando pela infantil e juvenil.
Não querendo eu retirar a responsabilidade aos pais, que é praticamente total, acho que temos interesse enquanto sociedade em atacar este problema das formas mais pragmáticas que encontrarmos.
Como as crianças passam parte do seu tempo na escola, e como esta é controlada pelo Estado, devemos começar por eliminar aí o acesso a maus alimentos. Falou-se nisso em tempos, não sei qual o estado actual, mas para mim é um caminho.
É uma boa notícia, na sequência de algumas outras medidas deste (e do anterior) Governo.
Se fosse de qualquer outra forma (exemplo de milhões gastos em sensibilização), o resultado seria próximo de nenhum. A verdade é que só assim se lá vai.
Esta medida terá um efeito enorme. Apesar das pequenas quantidades de sal envolvidas, estamos perante a matemática dos grandes números. Todos comemos pão, em quase todas as refeições, todos os dias. Atacando em apenas um ponto, estamos ainda assim a atacar uma parte significativa do problema, em cada cidadão. A seguir entram os multiplicadores que dão escala e teremos grandes reduções de problemas e mortes provocados ou potenciados pelo sal. Mesmo a nível económico é um benefício.
Pelo mesmo caminho se deve ir no que toca à obesidade começando pela infantil e juvenil.
Não querendo eu retirar a responsabilidade aos pais, que é praticamente total, acho que temos interesse enquanto sociedade em atacar este problema das formas mais pragmáticas que encontrarmos.
Como as crianças passam parte do seu tempo na escola, e como esta é controlada pelo Estado, devemos começar por eliminar aí o acesso a maus alimentos. Falou-se nisso em tempos, não sei qual o estado actual, mas para mim é um caminho.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
A razão do meu descontentamento
Como poderão verificar abaixo, numa lista de oito pedidos feitos à Câmara Municipal de Cascais nenhum teve resposta. Dois deles até foram resolvidos (não sei se por obra da minha reclamação ou não) e de um deles tive notícia através de reclamação via Provedor Municipal. E a lista abaixo é apenas a parte recente. De todas as anteriores comunicações com a CMC, apenas aquelas em que a responsabilidade era de outros ou a resposta pronta era negativa, tiveram resposta.
Nenhum caso teve resposta. Isto é incrível e inadmissível numa Câmara que julgamos do "1º mundo" português e que até se dá ao trabalho de ter um sistema de registo de sugestões e reclamações. O pior é o posterior tratamento das questões. Porque atirar dinheiro para que se desenvolva uma capacidade informática é uma coisa, montar uma estrutura humana para dar tratamento aos pedidos é outra bem diferente.
Por esta razão e pela pouca consideração que a CMC tem pelas coisas pequenas do dia-a-dia, que são aquelas coisas que acrescentam qualidade de vida, gostaria de ter visto a Câmara mudar de mãos nas eleições recentes. Infelizmente a minha era uma vontade muito minoritária.
Nenhum caso teve resposta. Isto é incrível e inadmissível numa Câmara que julgamos do "1º mundo" português e que até se dá ao trabalho de ter um sistema de registo de sugestões e reclamações. O pior é o posterior tratamento das questões. Porque atirar dinheiro para que se desenvolva uma capacidade informática é uma coisa, montar uma estrutura humana para dar tratamento aos pedidos é outra bem diferente.
Por esta razão e pela pouca consideração que a CMC tem pelas coisas pequenas do dia-a-dia, que são aquelas coisas que acrescentam qualidade de vida, gostaria de ter visto a Câmara mudar de mãos nas eleições recentes. Infelizmente a minha era uma vontade muito minoritária.
Caso 1
Registo: 20100707041451ng
Título: Passeio interrompido
Tipo: Urbanismo
Em: 7JUL2010
Tempo em aberto: 1mês
Notas:
Caso 2
Registo: 20100707035414ae
Título: Passadeira que dá para estacionamento automóvel
Tipo: Urbanismo
Em: 7JUL2010
Tempo em aberto: 1mês
Notas:
Caso 3
Registo: 20100530110125ks
Título: Passeio estreito e perigoso na Av. da República, Parede
Tipo: Urbanismo
Em: 30MAI2010
Tempo em aberto: 2 meses
Notas:
Caso 4
Registo: 20100517112840cv
Título: Necessidade de lomba redutora de velocidade, Rua de Santarém, Carcavelos
Tipo: Urbanismo
Em: 17MAI2010
Tempo em aberto: quase 3 meses
Notas:
Caso 5
Registo: 20100517112333fg
Título: Necessidade de lomba redutora de velocidade, Av República, Parede
Tipo: Urbanismo
Em: 17MAI2010
Tempo em aberto: quase 3 meses
Notas:
Caso 6
Registo:
20080407111626pu
Título: Drenagem de água pluvial na Av da República
Tipo: Trânsito
Em: 7ABR2008
Tempo em aberto: mais de 2 anos
Notas: este problema foi resolvido pela CMC
Caso 7
Registo:
20080417064154bd
Título: Largura de passeio
Tipo: Urbanismo
Em: 17ABR2008
Tempo em aberto: mais de 2 anos
Notas: este problema foi respondido via Provedor Municipal, após respectiva intervenção,
mas não resolvido pela CMC
Caso 8
Registo: 20080407110655xh
Título: Passeio na AV da República, Parede
Tipo: Urbanismo
Em: 7ABR2008
Tempo em aberto: mais de 2 anos
Notas: este problema foi resolvido
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