Muito interessante. Princípios básicos que eram seguidos há 50 ou 60 anos em Portugal, no tempo das trevas, e que resultaram em bairros que funcionam. Alvalade, por exemplo. Planeava-se o bairro para ter todas as valências: habitação, centro comunitário, comércio, escolas e até igreja. Mas hoje o automóvel resolve tudo, portanto, é a selva. Tudo pode estar em qualquer lugar. Dez kms de casa ao supermercado, 5km para a escola, 50km para o trabalho. É a realidade dos tempos esclarecidos.
In http://www.menosumcarro.pt/Default.aspx?tabid=75&itemId=776&parId=68:
10 princípios básicos da mobilidade sustentável
O projecto Our Cities Ourselves e o urbanista dinamarquês Jan Gehl lançaram um livro para estimular o debate de ideias e a implantação de uma política de mobilidade pública mais inteligente.
De acordo com o blog Empresa Verde, o livro contém dez princípios básicos para transformar qualquer cidade num modelo de mobilidade sustentável.
Esta publicação fará parte de uma das exposições do Our Cities Ourselves, que decorrerá até ao dia 11 de Setembro em Nova Iorque.
Aliás, até à data final serão realizadas dez apresentações – de dez arquitectos diferentes – sobre visões para melhorar o transporte público de dez cidades de todo o mundo.
Os princípios para melhorar a mobilidade sustentável são:
1. Direito de andar. Todos os indivíduos são pedestres e é essencial ter um bom ambiente de trânsito a pé;
2. Transporte não poluente. O melhor meio de transporte é o que não polui, por isso a bicicleta e os outros transportes não-motorizados devem ser encorajados através de vias específicas.
3. Mobilidade colectiva. Para distâncias maiores e que não possam ser feitas a pé ou através de bicicleta, a melhor alternativa é o transporte colectivo.
4. Restrição ao acesso de veículos. Em lugares onde exista um grande trânsito de pedestres e muitas construções, deverá ser reduzido o acesso de veículos.
5. Serviços de entregas sustentável. As entregas devem ser realizadas da maneira mais limpa e segura possível.
6. Integração. Um bom bairro é aquele que integra áreas residenciais, comerciais e de lazer. Esta diversidade atrai as pessoas para trabalharem, fazer compras ou aproveitar o espaço.
7. Preencher espaços. Pode parecer que não, mas os moradores e turistas são normalmente atraídos para lugares onde possam realizar a maioria das tarefas diárias a pé. Preencher espaços baldios (alô Lisboa!) pode facilitar a vida da comunidade.
8. Preservação cultural. Uma comunidade torna-se mais atraente quando se expõe a sua cultura, tradição e belezas naturais. São estas que tornam todos os lugares únicos.
9. Unir os espaços. Uma boa junção dos quarteirões diminui a distância entre os destinos e aquela sensação de que se tem de ir de carro para todo o lado. E possibilitam o trânsito a pé ou de bicicleta.
10. Pensar a longo prazo. Uma estratégia de longo prazo, sobretudo na construção de infra-estruturas, torna o transporte mais sustentável.
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