sexta-feira, 20 de agosto de 2010

A super espécie humana

A Humanidade conseguiu num curto espaço de 100 ou 200 anos alterar a composição da atmosfera de forma drástica. Está a conseguir fazer o mesmo ao mar, de acordo com esta notícia do Público acerca da concentração de plástico nos oceanos.  Não tardará, se não estiver a acontecer já, estaremos a incorporar plástico nos nossos próprios corpos, à medida que este sobe na cadeia alimentar e se concentra.

A alteração da atmosfera já aconteceu no passado, com consequências drásticas para algumas espécies, mas nenhuma para a natureza. Foi assim quando organismos oxigenaram a atmosfera, alterando-a para sempre e no limite eliminado as condições para a sua própria sobrevivência. Ou terá sido assim, talvez de forma temporária, aquando dos factos que determinaram a extinção dos dinossauros (não tanto por alteração da composição da atmosfera, mas pela seu obscurecimento por poeiras).

Para a natureza, porém, isto não passam de ligeiros acontecimentos como quaisquer outros. A vida continuará. E mesmo que não continue, a natureza dispõe de todo o tempo do mundo (ou pelo menos até ao próximo bug cruch) para a recriar aqui ou em qualquer outro lugar. E não há razão nenhuma para ser necessária vida no Universo... Que se saiba, nenhuma espécie além da humana tem consciência para se preocupar com estas matérias.

Com o fantástico poder que a espécie humana adquiriu, conseguimos a proeza de alterar todo um planeta.
E usamos muito mal este poder. Estamos a conseguir degradar de forma significativa e irreversível as condições de vida para a nossa espécie no planeta. Estamos ao mesmo tempo a prejudicar muitas outras espécies, mas não tenhamos dúvidas que isso nada significa para a natureza. Em alguns centenas de milhares de anos a natureza terá apagado a nossa presença e criado uma nova variedade de espécies adaptadas as novas condições. A perda é essencialmente nossa.

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