...são apenas para vista... Ficam bem em projectos de encher o olho e revista publicitárias da Câmara.
Como contei antes, 90 pessoas no plenário de Carcavelos aprovaram duas ideias, uma delas relativa a criar condições para andar de bicicleta.
De facto, das 90 ideias iniciais, 26 subiram ao plenário, sendo que 7 delas estavam relacionadas com as bicicletas. Parece-me um número significativo.
Depois seguiu-se a análise técnica feita pela Câmara Municipal: as aprovadas seguiram para a votação que está agora em fase final, as outras foram para o lixo.
A proposta de circulação ciclista vencedora em Carcavelos mereceu esta justificação de rejeição pela CMC:
A proposta que apresentou visa a criação de uma rede ciclável que una os três centros das localidades.
Infelizmente após a análise técnica e financeira da sua proposta, a mesma não foi seleccionada para a fase de votação do Orçamento Participativo porque a rede viária não reúne as condições de segurança rodoviária necessárias para a implementação da mesma considerando-se apenas viável o prolongamento da via ciclável existente na Av. Jorge V até ao Jardim Pinhal do Junqueiro
É claro que a rede viária não reúne as condições necessárias: se reunisse, não seria preciso apresentar esta proposta e vê-la ganhar no plenário!
Em gritante contraste, porém, a proposta que prevê a instalação de um sofisticado sistema de aluguer de bicicletas chegou à fase de votação. Mas se não há condições na rede viária, estas bicicletas servirão para quê???
(lista de projectos não seleccionados pela CMC para a votação final)
sábado, 19 de novembro de 2011
Orçamento participativo - apelo ao voto
Já faltam poucos dias de votação para o Orçamento Participativo de Cascais de 2011/12. Todas as pessoas que de algum modo se interessam por este concelho podem votar.
Dos vários projectos que chegaram a esta fase, seleccionei dois (podem-se consultar todos aqui), pelo seu potencial estrutural e abrangência concelhia:
Projecto 17 - Hortas comunitárias para o concelho (incluindo AUGIs)
Cascais
Espaço Agrário
Hortas comunitárias para o Concelho (incluindo AUGIs)
A proposta propõe a construção de hortas em terrenos municipais abandonados, geridas por Associações de moradores ou a designar. Além de legumes frescos e mais saudáveis, a iniciativa visa ajudar as famílias envolvidas na melhoria do orçamento familiar e permite aos jovens contacto com a terra e a agricultura de uma forma lúdica e agradável.
Projecto 24 - Sistema de bicicletas públicas
Cascais
Espaço Público
Sistema de bicicletas públicas
A proposta prevê a criação de vários pontos estratégicos para depositar e recolher bicicletas (na CMC ou juntas de freguesia mediante o pagamento de um depósito). O sistema necessita apenas de um cartão com chip. Este sistema funciona como alternativa ao transporte público convencional.
O segundo tem o potencial de forçar a criação de condições para a circulação mais generalizada de bicicleta.
Acontece que não me parece se necessário um tal sistema, num concelho como o de Cascais.
É possível estacionar facilmente a bicicleta, é possível transportá-la no comboio. Não existe a necessidade de trocar de transportes públicos numa mesma viagem, levantando a bicicleta num ponto para a deixar noutro, como acontece numa grande cidade.
Assim, promover a bicicleta no concelho de Cascais por este meio parece-me matar uma mosca com um canhão. Despesista, megalómano, à lá Satu de Oeiras. Para encher o olho.
Assim, apesar de lastimar profundamente a falta de condições e de adesão à mobilidade ciclista, não me apeteceu apoiar este tipo de iniciativa.
Votei assim no projecto 17, Hortas comunitárias para o concelho.
Peço a todos que façam o mesmo.
Há imenso potencial para as hortas urbanas de pequena dimensão.
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Conversa da treta
Recebi o texto abaixo por email, sem autor.
Não é grande prosa, mas o fim vale pelo todo e vale a pena repeti-lo:
Pois é bem verdade. Nunca se falou tanto em ambiente. Nem por isso, porém, vejo as pessoas (das várias gerações) dispostas a abdicar seja do que for em nome de um planeta sustentável (já nem falo de bom ambiente). Podia dar exemplos, mas não me apetece.
___________________________________
"DESABAFO
Não é grande prosa, mas o fim vale pelo todo e vale a pena repeti-lo:
Então, não é risível que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?
Pois é bem verdade. Nunca se falou tanto em ambiente. Nem por isso, porém, vejo as pessoas (das várias gerações) dispostas a abdicar seja do que for em nome de um planeta sustentável (já nem falo de bom ambiente). Podia dar exemplos, mas não me apetece.
___________________________________
"DESABAFO
Na fila do supermercado, o caixa diz uma senhora idosa:
- A senhora deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não são amigos do meio ambiente.
A senhora pediu desculpas e disse:
- Não havia essa onda verde no meu tempo.
O empregado respondeu:
- Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com nosso meio ambiente.
- Você está certo - responde a velha senhora - nossa geração não se preocupou adequadamentecom o meio ambiente. Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes. Realmente não nos preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões.
Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas.
Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias. Naquela época só tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como?
Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usamos jornal amassado para protegê-lo, não plastico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar. Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade.
Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos. Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lámina ficou sem corte. Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima.
Então, não é risível que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?"
- A senhora deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não são amigos do meio ambiente.
A senhora pediu desculpas e disse:
- Não havia essa onda verde no meu tempo.
O empregado respondeu:
- Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com nosso meio ambiente.
- Você está certo - responde a velha senhora - nossa geração não se preocupou adequadamentecom o meio ambiente. Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes. Realmente não nos preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões.
Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas.
Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias. Naquela época só tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como?
Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usamos jornal amassado para protegê-lo, não plastico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar. Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade.
Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos. Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lámina ficou sem corte. Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima.
Então, não é risível que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?"
domingo, 16 de outubro de 2011
Parque dos Poetas
Uma homenagem ao aço, à pedra e ao cimento. Um monumento de despesismo e ostentação.
Nao estando obviamente a pôr em causa a construção e existência deste parque, que é uma mais-valia, deviam era ser feitos mais ou maiores parques com o mesmo dinheiro (ou talvez até menos).
E uma parte deles poderia ser ocupado com hortas como esta (em Carcavelos):
Como se pode ver, produzem mesmo alguma coisa, mesmo em pequenas áreas.
Nao estando obviamente a pôr em causa a construção e existência deste parque, que é uma mais-valia, deviam era ser feitos mais ou maiores parques com o mesmo dinheiro (ou talvez até menos).
E uma parte deles poderia ser ocupado com hortas como esta (em Carcavelos):
Como se pode ver, produzem mesmo alguma coisa, mesmo em pequenas áreas.
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Emprego
Passei agora por uma equipa de recolha de lixo dos quintais. Era uma equipa da Câmara Municipal que contava três elementos: dois operários e um motorista do camião.
Os dois operários estavam a carregar as ramagens enquanto o motorista, com o motor desligado (e bem), estava refastelado ao volante, esperando.
O motorista é o que apenas conduz, os outros dois são os que apenas carregam. Nada de confusões nem usurpação de funções.
A mim parece-me que os subsídios de férias e natal dos que estavam a carregar vão pagar em 2012 e 2013 o ordenado do motorista (ou vice-versa, não interessa ao caso).
Como é que estaremos daqui a 2 ou 3 anos, passados estes apertos actuais?
Na mesma, penso eu. Eventualmente repõem-se os vencimentos e os 14 meses, e os três que podiam ser dois continuarão como dantes. Porque estas medidas são horizontais, reduzindo igualmente a todos.
Até podemos querer manter o quase-pleno emprego, como tem sido política nos últimos 20 anos. O que não podemos é querer isso e tudo o resto.
Porque, no limite, colocar uma pessoa a fazer parede e a outra a desfazê-la, gera dois empregos. E parece que até acrescenta o PIB. Mas tem algum interesse?
Os dois operários estavam a carregar as ramagens enquanto o motorista, com o motor desligado (e bem), estava refastelado ao volante, esperando.
O motorista é o que apenas conduz, os outros dois são os que apenas carregam. Nada de confusões nem usurpação de funções.
A mim parece-me que os subsídios de férias e natal dos que estavam a carregar vão pagar em 2012 e 2013 o ordenado do motorista (ou vice-versa, não interessa ao caso).
Como é que estaremos daqui a 2 ou 3 anos, passados estes apertos actuais?
Na mesma, penso eu. Eventualmente repõem-se os vencimentos e os 14 meses, e os três que podiam ser dois continuarão como dantes. Porque estas medidas são horizontais, reduzindo igualmente a todos.
Até podemos querer manter o quase-pleno emprego, como tem sido política nos últimos 20 anos. O que não podemos é querer isso e tudo o resto.
Porque, no limite, colocar uma pessoa a fazer parede e a outra a desfazê-la, gera dois empregos. E parece que até acrescenta o PIB. Mas tem algum interesse?
sábado, 1 de outubro de 2011
sábado, 24 de setembro de 2011
O ciclista em Portugal
Em Portugal o ciclista é um pária. Se chega ou passa de bicicleta, é certamente alguém que não tem recursos para mais. Por isso, cuidado.
Isto não se aplica ao ciclista-desportista, está claro. Esse anda em sítios próprios para o desporto, com equipamento topo de gama e vestido de licra a rigor. Esse ciclista é cool e, em todo o caso, não chateia na estrada e na rua. A bicicleta desse ciclista só se avista normalmente no tejadilho do carro, a caminho do local-apropriado-ao-passeio- desportivo-de-bicicleta. Mesmo que chateie um bocado na estrada, é alguém que está a fazer desporto. E claro, fazer desporto é de longe mais digno que fazer exercício no âmbito da actividade normal. Tal como andar a pé, ou de bicicleta.
O que interessa aqui, é o ciclista-utilitário. E esse, em Portugal, é um pária.
Há uns tempos, levei o carro para a revisão. E como da oficina para o trabalho ainda era uma certa distância, levei a bicicleta para fazer esse percurso rapidamente. Assumi o papel de ciclista-utilitário. Um pária, portanto.
No meu local de trabalho da altura, tinha cartão para entrar de carro na garagem sem pedir a ninguém; se entrava de mota, abriam-me a cancela de acesso sem mais questões, a mota estava autorizada. Porém, quando cheguei de bicicleta, representava algo estranho ou perigoso. Ainda disse que passava o cartão e não se falava mais no assunto. Se tinha autorização para entrar de carro, potencialmente até ocultando pessoas na bagageira, porque não haveria de poder entrar de bicicleta?
Não. Foi necessário obter autorização do chefe e depois o segurança lá me deixou entrar.
É assim em Portugal. O ciclista é um pé-descalço que só anda de bicicleta porque, coitado, não pode ter mais.
Isto não se aplica ao ciclista-desportista, está claro. Esse anda em sítios próprios para o desporto, com equipamento topo de gama e vestido de licra a rigor. Esse ciclista é cool e, em todo o caso, não chateia na estrada e na rua. A bicicleta desse ciclista só se avista normalmente no tejadilho do carro, a caminho do local-apropriado-ao-passeio-
O que interessa aqui, é o ciclista-utilitário. E esse, em Portugal, é um pária.
Há uns tempos, levei o carro para a revisão. E como da oficina para o trabalho ainda era uma certa distância, levei a bicicleta para fazer esse percurso rapidamente. Assumi o papel de ciclista-utilitário. Um pária, portanto.
No meu local de trabalho da altura, tinha cartão para entrar de carro na garagem sem pedir a ninguém; se entrava de mota, abriam-me a cancela de acesso sem mais questões, a mota estava autorizada. Porém, quando cheguei de bicicleta, representava algo estranho ou perigoso. Ainda disse que passava o cartão e não se falava mais no assunto. Se tinha autorização para entrar de carro, potencialmente até ocultando pessoas na bagageira, porque não haveria de poder entrar de bicicleta?
Não. Foi necessário obter autorização do chefe e depois o segurança lá me deixou entrar.
É assim em Portugal. O ciclista é um pé-descalço que só anda de bicicleta porque, coitado, não pode ter mais.
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Trânsito de bicicleta
Ontem o meu filho foi pela primeira vez na sua bicicleta para a escola. E não é um percurso fácil, antes pelo contrário, tem tudo para se andar de carro e não a pé ou de bicicleta.
Vale a pena ler Já podia ser a Holanda?
Quantas mais crianças iriam de bicicleta para as escolas se existissem condições?
Talvez a crise venha ajudar.
Vale a pena ler Já podia ser a Holanda?
Quantas mais crianças iriam de bicicleta para as escolas se existissem condições?
Talvez a crise venha ajudar.
domingo, 18 de setembro de 2011
Marginal sem carros
O circo está de novo montado. E eu compareci.
As zonas adjacentes à Marginal estão pejadas de carros, como habitualmente. Andar de bicicleta sim, mas nos locais estritamente destinados ao efeito.
Nem sabia que havia um tão grande número de bicicletas ansiosas por deixarem a arrecadação ou a garagem, onde passam a maior parte da vida.
Não seria preferível utilizar este orçamento para paulatina e anualmente ir implementando uma rede ciclável, essa sim com resultados duráveis no lazer e na mobilidade?
Eu acho que sim.
Eventualmente estes eventos servem para preparar o caminho e as mentes, na opinião pública e em especial na Câmara Municipal.
Oxalá.
As zonas adjacentes à Marginal estão pejadas de carros, como habitualmente. Andar de bicicleta sim, mas nos locais estritamente destinados ao efeito.
Nem sabia que havia um tão grande número de bicicletas ansiosas por deixarem a arrecadação ou a garagem, onde passam a maior parte da vida.
Não seria preferível utilizar este orçamento para paulatina e anualmente ir implementando uma rede ciclável, essa sim com resultados duráveis no lazer e na mobilidade?
Eu acho que sim.
Eventualmente estes eventos servem para preparar o caminho e as mentes, na opinião pública e em especial na Câmara Municipal.
Oxalá.
sábado, 17 de setembro de 2011
Nuno Crato
Acredito neste Ministro da Educação, pelo que já conhecia do seu pensamento e pelo que o ouço dizer agora. Não me parece ter mudado de opinião agora que faz parte do Governo.
Este ministro é pelo "back to the basics": quais objectivos etéreos para os alunos, quando estes não sabem ler e interpretar um problema? Quais Magalhães se ainda não sabem escrever? Quais Projecto e Estudo Acompanhado (seja isso o que for, confesso que não sei) quando não há suficiente tempo para o Português e a Matemática? Quais princípios duvidosos de educação moderna se os alunos não têm hábito de trabalho e de obrigação?
Vamos ver se a pesadíssima máquina burocrática do ME e os anquilosados e fora de tempo sindicatos do sector falham no previsível boicote.
Bem faziam os professores (pelo menos os bons) em retirarem força aos sindicatos e aproveitarem o que de bom poderá resultar deste Ministro. Os (bons) professores só têm a ganhar com uma política de não-eduquês.
Este ministro é pelo "back to the basics": quais objectivos etéreos para os alunos, quando estes não sabem ler e interpretar um problema? Quais Magalhães se ainda não sabem escrever? Quais Projecto e Estudo Acompanhado (seja isso o que for, confesso que não sei) quando não há suficiente tempo para o Português e a Matemática? Quais princípios duvidosos de educação moderna se os alunos não têm hábito de trabalho e de obrigação?
Vamos ver se a pesadíssima máquina burocrática do ME e os anquilosados e fora de tempo sindicatos do sector falham no previsível boicote.
Bem faziam os professores (pelo menos os bons) em retirarem força aos sindicatos e aproveitarem o que de bom poderá resultar deste Ministro. Os (bons) professores só têm a ganhar com uma política de não-eduquês.
sábado, 23 de julho de 2011
Aqui vou eu, para a Costa
De Lisboa vou fugir, de cacilheiro e bicicleta!
E não sou só eu. Pouco a pouco, com a procura a acompanhar a ainda tímida oferta, cá nos vamos modernizando.
O caminho faz-se andando.
_________________________________________________________________
Da linha de Cascais à Caparica:
• de comboio até à estação de Belém
• atravessar linha e avenida com a bicicleta às costas
• apanhar o cacilheiro até à Trafaria
• usar a pista até à Costa
E não sou só eu. Pouco a pouco, com a procura a acompanhar a ainda tímida oferta, cá nos vamos modernizando.
O caminho faz-se andando.
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Da linha de Cascais à Caparica:
• de comboio até à estação de Belém
• atravessar linha e avenida com a bicicleta às costas
• apanhar o cacilheiro até à Trafaria
• usar a pista até à Costa
sábado, 16 de julho de 2011
Inside Job
Vale a pena ver este documentário. É simplesmente extraordinário como a crise do subprime pôde acontecer e, ainda pior, como nada mudou desde então nos EUA. Como mesmo a comunidade científica pôde estar envolvida em tamanha fraude à escala global.
E como estas mesmas agências de rating caucionaram aqueles produtos e dias antes da queda dos maiores bancos do mundo os classificavam no máximo ou quase.
E apesar destas falhas monumentais de classificação (serão falhas?), estas agências continuam a debitar as suas "opiniões", como os seus responsáveis chamam às classificações, com isso ditando a taxa de juro que países pagam para emitir dívida.
Parece mentira, mas não é.
Este cartoon explica bem a coisa.
E como estas mesmas agências de rating caucionaram aqueles produtos e dias antes da queda dos maiores bancos do mundo os classificavam no máximo ou quase.
E apesar destas falhas monumentais de classificação (serão falhas?), estas agências continuam a debitar as suas "opiniões", como os seus responsáveis chamam às classificações, com isso ditando a taxa de juro que países pagam para emitir dívida.
Parece mentira, mas não é.
Este cartoon explica bem a coisa.
sábado, 9 de julho de 2011
Cascais Ciclável
No âmbito do orçamento participativo (OP) que está a decorrer no concelho de Cascais, a nona e última sessão aconteceu no dia 7JUL, na freguesia de Carcavelos.
Teve uma participação record, talvez por ser a última e a palavra tenha passado, talvez porque tenham acorrido grupos organizados de cidadãos para fazer aprovar um projecto de bairro (nada contra, quem se mobiliza tem mais probabilidades de conseguir o que quer).
Das cerca de 90 ideias individuais, subiram à votação geral 26 projectos. Destas, 7 estavam relacionadas com a circulação em bicicleta:
_______________________________
Vale a pena reflectir nos números:
90 pessoas aprovaram, em primeira fase, 26 ideias.
Destas, 7 apelam à utilização de bicicletas. São 25% do total e não se pode dizer que o concelho de Cascais e a freguesia de Carcavelos se destaque pela ausência de outras necessidades.
Ainda que nenhuma destas ideias seja aprovada na votação final, a CMC não pode fechar os olhos a esta necessidade.
_______________________________
O meu projecto, que tive a enorme satisfação de ver aprovado para a terceira fase depois de fundido com outro semelhante, visa exactamente a criação de condições para a circulação utilitária de bicicletas em Carcavelos/Parede/(Oeiras)...
Teve 25 votos e foi a segunda proposta mais votada pelo plenário.
Se tivermos em conta que a primeira resultou de um grupo organizado que compareceu à sessão, a proposta de circulação utilitária em bicicleta foi a proposta "independente" que teve mais votos. Vale a pena registar a ânsia das pessoas pela criação de condições de mobilidade em bicicleta.
O conjunto das proposta aprovadas nesta última sessão do OP pode ser consultado no site da CMC.
Tenho agora que fazer a divulgação de modo a conseguirmos a sua aprovação na fase final de votação das cerca de 50 propostas aprovadas nas sessões, que decorrerá em Outubro.
Teve uma participação record, talvez por ser a última e a palavra tenha passado, talvez porque tenham acorrido grupos organizados de cidadãos para fazer aprovar um projecto de bairro (nada contra, quem se mobiliza tem mais probabilidades de conseguir o que quer).
Das cerca de 90 ideias individuais, subiram à votação geral 26 projectos. Destas, 7 estavam relacionadas com a circulação em bicicleta:
- Uma delas propunha uma pista desportiva
- Outra propunha a extensão das BiCas a mais zonas do concelho
- As restantes propunham melhoria de condições para a circulação utilitária de bicicletas.
_______________________________
Vale a pena reflectir nos números:
90 pessoas aprovaram, em primeira fase, 26 ideias.
Destas, 7 apelam à utilização de bicicletas. São 25% do total e não se pode dizer que o concelho de Cascais e a freguesia de Carcavelos se destaque pela ausência de outras necessidades.
Ainda que nenhuma destas ideias seja aprovada na votação final, a CMC não pode fechar os olhos a esta necessidade.
_______________________________
O meu projecto, que tive a enorme satisfação de ver aprovado para a terceira fase depois de fundido com outro semelhante, visa exactamente a criação de condições para a circulação utilitária de bicicletas em Carcavelos/Parede/(Oeiras)...
Teve 25 votos e foi a segunda proposta mais votada pelo plenário.
Se tivermos em conta que a primeira resultou de um grupo organizado que compareceu à sessão, a proposta de circulação utilitária em bicicleta foi a proposta "independente" que teve mais votos. Vale a pena registar a ânsia das pessoas pela criação de condições de mobilidade em bicicleta.
Com algumas alterações, o essencial da proposta já existia aqui. Se alguém quiser a versão PDF que levei à sessão, basta pedir-me.
O conjunto das proposta aprovadas nesta última sessão do OP pode ser consultado no site da CMC.
Tenho agora que fazer a divulgação de modo a conseguirmos a sua aprovação na fase final de votação das cerca de 50 propostas aprovadas nas sessões, que decorrerá em Outubro.
Contarei com a vossa divulgação.
sábado, 4 de junho de 2011
Exigência decrescente
Por estes dias, lembrei-me da história que um colega me contou acerca dos seus tempos de estudante.
Frequentava ele uma boa escola, privada. Os alunos não eram avisados das avaliações, pelo que por essa razão e, provavelmente, pelo espírito de trabalho e exigência que se vivia na escola, estudavam frequentemente.
Acabado o último ano que essa escola ministrava, passou o meu colega a frequentar a escola pública.
Contava ele da enorme surpresa de saber que, nessa escola, os alunos sabiam sempre quando teriam exames! Pensava, na usa inocência de jovem: "mas isto é de borla: se eu sei quando são os exames, preparo-me bem nos dias anteriores, e tenho sempre notas altíssimas". E achava que o mesmo teria que acontecer para a generalidade dos outros estudantes.
Claro que apesar de saberem a data do exames, não era por isso que as notas eram excelentes. Ainda por cima eram os tempos conturbados (de balda!) do pós-25 de Abril...
E não tardou muito que o meu colega estudasse apenas o que era necessário, na véspera, e para se nivelar com a inferior exigência dessa escola. Claro.
Frequentava ele uma boa escola, privada. Os alunos não eram avisados das avaliações, pelo que por essa razão e, provavelmente, pelo espírito de trabalho e exigência que se vivia na escola, estudavam frequentemente.
Acabado o último ano que essa escola ministrava, passou o meu colega a frequentar a escola pública.
Contava ele da enorme surpresa de saber que, nessa escola, os alunos sabiam sempre quando teriam exames! Pensava, na usa inocência de jovem: "mas isto é de borla: se eu sei quando são os exames, preparo-me bem nos dias anteriores, e tenho sempre notas altíssimas". E achava que o mesmo teria que acontecer para a generalidade dos outros estudantes.
Claro que apesar de saberem a data do exames, não era por isso que as notas eram excelentes. Ainda por cima eram os tempos conturbados (de balda!) do pós-25 de Abril...
E não tardou muito que o meu colega estudasse apenas o que era necessário, na véspera, e para se nivelar com a inferior exigência dessa escola. Claro.
segunda-feira, 25 de abril de 2011
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Inovação
Quando pensamos que uma sanita ou um lavatório já só podem ter alterações estéticas, eis que da imaginação surge um ovo de Colombo: uma sanita que reutiliza a água usada do lavatório ali ao lado.
Brilhante.
Brilhante.
quinta-feira, 7 de abril de 2011
sábado, 2 de abril de 2011
"Chico-espertice" lusa
Este tipo de chico-espertice não é em Portugal - nem em Itália, nem na Grécia - uma característica isolada. É um modo de vida nacional.
Artigo de Nuno Monteiro no i: pois é, os políticos saem bem ao povo que os gera. E que os merece.
Artigo de Nuno Monteiro no i: pois é, os políticos saem bem ao povo que os gera. E que os merece.
quinta-feira, 24 de março de 2011
Petição: atravessamento da linha férrea com rampas
A passagem aérea que se vê na fotografia, localizada na Rua Câmara Pestana, Parede, não facilita o atravessamento da linha a quem tem mais dificuldades, a bicicletas, carros de bebé ou cadeiras de rodas.
É preciso andar bastante para se chegar a uma passagem em rampa.
São muitos os motivos e os residentes que atravessam a linha naquela zona.
Se concorda com a necessidade de dotar esta zona com um atravessamento da linha em rampas, assine a petição e divulgue-a.
Obrigado
Urbanismo em Cascais
Depois da substituição de uma antiga vivenda em ruínas por um pequeno edifício, esta passadeira, no cruzamento da Av. da República com a R. Câmara Pestana, na Parede, ficou como se pode ver, a terminar no parque de estacionamento (aliás, o mesmo aconteceu com outra, à direita, que não se vê na fotografia).
Depois de reclamar com a CMC, o resultado foi este:
Palavras para quê?
Vou reclamar de novo.
sexta-feira, 18 de março de 2011
António Costa
António Costa deu o pontapé de saída para a sucessão no PS e como Primeiro Ministro. Provavelmente ganhamos com a substituição.
sábado, 12 de março de 2011
A insustentável leveza dos jornais nacionais
Há alguns anos, comprava um diário ao fim de semana, variando entre o DN e o Público, com preferência para o segundo. Nos dias de semana não comprava, por falta tempo.
Entretanto, com o objectivo de atingirem mais leitores, estes diários aligeiraram-se no conteúdo e aumentaram o espaço dado à imagem. Tornaram-se tão superficiais que deixaram de valer a pena. Deixei de comprar.
Penso que com este movimento, estes jornais perderam os seus leitores mas não conquistaram os dos outros jornais, para quem DN e Público continuam a ser pouco sensacionalistas.
Percebo que os primeiros leitores sejam insuficientes para alimentar estes jornais, mas não sei se a cura não matará o paciente.
Na verdade, entre ler notícias nos diversos gratuitos ou comprar um daqueles diários, a diferença não compensa o preço.
Agora leio notícias numa aplicação de telemóvel, normalmente do New York Times. Leia-se uma destas notícias e outra numa aplicação semelhante de uma publicação nacional. Na segunda, relata-se o facto e nada mais. Nenhuma análise, nenhum contexto. Não vale mesmo a pena. Dificilmente poderão vir a cobrar por aquele conteúdo, tal como estão a deixar de conseguir cobrar pelo seu equivalente em papel.
Entretanto, com o objectivo de atingirem mais leitores, estes diários aligeiraram-se no conteúdo e aumentaram o espaço dado à imagem. Tornaram-se tão superficiais que deixaram de valer a pena. Deixei de comprar.
Penso que com este movimento, estes jornais perderam os seus leitores mas não conquistaram os dos outros jornais, para quem DN e Público continuam a ser pouco sensacionalistas.
Percebo que os primeiros leitores sejam insuficientes para alimentar estes jornais, mas não sei se a cura não matará o paciente.
Na verdade, entre ler notícias nos diversos gratuitos ou comprar um daqueles diários, a diferença não compensa o preço.
Agora leio notícias numa aplicação de telemóvel, normalmente do New York Times. Leia-se uma destas notícias e outra numa aplicação semelhante de uma publicação nacional. Na segunda, relata-se o facto e nada mais. Nenhuma análise, nenhum contexto. Não vale mesmo a pena. Dificilmente poderão vir a cobrar por aquele conteúdo, tal como estão a deixar de conseguir cobrar pelo seu equivalente em papel.
segunda-feira, 7 de março de 2011
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Uma ideia para 2011 - 4
E se em vez de conduzirmos da nossa garagem para a garagem do centro comercial, para passar uma triste tarde interior, apanharmos o autocarro gratuito do Oeiras Parque mas, em vez de entrarmos, irmos para o Parque dos Poetas ou darmos uma volta de SATU (suponho que só serve para isso)?
O Oeiras Parque talvez não goste da ideia, mas a gente não lhe diz.
O Oeiras Parque talvez não goste da ideia, mas a gente não lhe diz.
E se o dia estiver de chuva forte, como hoje, podemos sempre calçar botas de borracha, vestir umas calças impermeáveis e ir chapinhar para as poças de água. Para os miúdos ainda é mais divertido.
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Google Body
Ora aqui está mais uma maravilha da Google.
Para entreter e ensinar os miúdos por uns quartos de hora. Ou para ajudar a visualizar o que num livro é estático.
Ou (até) para usar na sala de aula.
Sempre a surpreender.
Fantástico, uma vez mais.
(Não funciona no Internet Explorer)
Para entreter e ensinar os miúdos por uns quartos de hora. Ou para ajudar a visualizar o que num livro é estático.
Ou (até) para usar na sala de aula.
Sempre a surpreender.
Fantástico, uma vez mais.
(Não funciona no Internet Explorer)
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Passivo ambiental
"Arranca hoje limpeza da Quimiparque no Barreiro"
Quando como uma manga que atravessa o Atlântico de avião, quando compro uma bugiganga de plástico a preço insignificante que vem da China, quando bebo uma garrafa de água de plástico que atravessou o país, quando troco de televisão sem necessidade: pensamos nestas amenidades da vida moderna e vemos apenas progresso, comodidade, bem estar. Não vemos insensatez sob a forma de impactos insustentáveis ou muito caros.
Nenhum destes impactos futuros sobre o ambiente é pago: a poluição dos transportes de distâncias enormes, o impacto do lixo produzido por embalagens ou equipamentos em fim de vida, o abuso de utilização de recursos insubstituíveis, a destruição de vida.
Se e quando for necessário colmatar estes impactos ambientais (retirar o carbono da atmosfera, recolher o plástico no ambiente, descontaminar solos, etc, etc), a factura aparecerá. E será apresentada às gerações dessa altura, pois claro. Será uma factura em dinheiro ou em qualidade de ambiente, qualidade de vida. Mas aparecerá.
Quando como uma manga que atravessa o Atlântico de avião, quando compro uma bugiganga de plástico a preço insignificante que vem da China, quando bebo uma garrafa de água de plástico que atravessou o país, quando troco de televisão sem necessidade: pensamos nestas amenidades da vida moderna e vemos apenas progresso, comodidade, bem estar. Não vemos insensatez sob a forma de impactos insustentáveis ou muito caros.
Nenhum destes impactos futuros sobre o ambiente é pago: a poluição dos transportes de distâncias enormes, o impacto do lixo produzido por embalagens ou equipamentos em fim de vida, o abuso de utilização de recursos insubstituíveis, a destruição de vida.
Se e quando for necessário colmatar estes impactos ambientais (retirar o carbono da atmosfera, recolher o plástico no ambiente, descontaminar solos, etc, etc), a factura aparecerá. E será apresentada às gerações dessa altura, pois claro. Será uma factura em dinheiro ou em qualidade de ambiente, qualidade de vida. Mas aparecerá.
E poderíamos pensar que estes impactos são essencialmente coisa do passado, uma herança que não está a crescer. Ao contrário: está a crescer desmesuradamente, à velocidade do crescimento das sociedades de consumo e impulsionada pelo baixo preço do petróleo. Podemos ver isso pelo nosso país, que no entanto é insignificante quando comparado com a China ou a Índia, por exemplo. E mais tarde também África há-de reclamar o seu direito a uma vida melhor.
Hoje os produtos em grande medida não incorporam estas externalidades de impacto ambiental. Cada um de nós pode, porém, incorporá-las no nosso processo de decisão de compra, de utilização, etc. Assim tenhamos consciência dos custos e queiramos agir.
Hoje os produtos em grande medida não incorporam estas externalidades de impacto ambiental. Cada um de nós pode, porém, incorporá-las no nosso processo de decisão de compra, de utilização, etc. Assim tenhamos consciência dos custos e queiramos agir.
sábado, 5 de fevereiro de 2011
Hortas urbanas de Carcavelos
Passeio a mais
sábado, 22 de janeiro de 2011
Antígono
O CCB deu vida a esta ópera, estreada em Lisboa pouco tempo antes do terramoto e com ele enterrada até hoje.
São apenas duas exibições.
Como é possível que a elite portuguesa, ou a intelectualidade, ou mesmo ambas em conjunto, não condigo encher duas vezes o grande auditório?
Penso que será mais fácil encher-se uma festa "social" que esgotar uma oportunidade que talvez não se repita nos próximos 250 anos.
E não me venham com a crise, pelo menos a económica
Triste.
São apenas duas exibições.
Como é possível que a elite portuguesa, ou a intelectualidade, ou mesmo ambas em conjunto, não condigo encher duas vezes o grande auditório?
Penso que será mais fácil encher-se uma festa "social" que esgotar uma oportunidade que talvez não se repita nos próximos 250 anos.
E não me venham com a crise, pelo menos a económica
Triste.
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Mistérios do Trânsito
O trânsito, e em particular a formação de bichas, parece um mistério.
Por vezes está-se parado até que de repente tudo começa de novo a andar, sem se ver um carro avariado ou acidentado.
Pois fica aqui um video que explica o que parece inexplicável: a distracção e o comportamento não uniforme de uma grande quantidade de condutores, aliados à densidade de tráfego, são factores que só por si geram caos e bichas de trânsito.
Este é um problema que desapareceria se os carros fossem comandados por computadores, em vez de conduzidos pelas pessoas. O algoritmo certo (por exemplo, não ganhar velocidade quando não é preciso, começar a abrandar assim que é previsível ser necessário, ausência de "chico-espertismo" que beneficia um em detrimento de todos os outros) evitaria em grande medida o comportamento que se pode ver no video.
Por vezes está-se parado até que de repente tudo começa de novo a andar, sem se ver um carro avariado ou acidentado.
Pois fica aqui um video que explica o que parece inexplicável: a distracção e o comportamento não uniforme de uma grande quantidade de condutores, aliados à densidade de tráfego, são factores que só por si geram caos e bichas de trânsito.
Este é um problema que desapareceria se os carros fossem comandados por computadores, em vez de conduzidos pelas pessoas. O algoritmo certo (por exemplo, não ganhar velocidade quando não é preciso, começar a abrandar assim que é previsível ser necessário, ausência de "chico-espertismo" que beneficia um em detrimento de todos os outros) evitaria em grande medida o comportamento que se pode ver no video.
domingo, 16 de janeiro de 2011
Uma ideia para 2011 - 3
E porque não levar os miúdos ao Sítio do Picapau Amarelo, do Filipe Laferia, ou ao Quebra -Nozes, do TIL, em vez daqueles espectáculos enlatados dos Gormiti, do Ruca ou do Noddy no Pavilhão Atlântico ou no Parque dos Poetas?
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Uma ideia para 2011 - 2
E se ensinássemos os nossos filhos, pelo exemplo, que chegar a horas é uma virtude e que atrasar sistematicamente é um defeito e uma falta de respeito pelos outros?
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Educação na Finlândia
Vale a pena ler e ver a reportagem da BBC sobre o sucesso do sistema de ensino finlandês.
Já ultrapassaram a questão dos alunos com maiores dificuldades. Agora tentam endereçar os alunos com maior potencial.
Já ultrapassaram a questão dos alunos com maiores dificuldades. Agora tentam endereçar os alunos com maior potencial.
sábado, 1 de janeiro de 2011
Uma ideia para 2011 - 1
Em vez de enlatados de férias em disneylandias ou praias em Cuba, um destino realmente diferente e que nos acrescenta mundo.
Marrocos/Tânger por Mark Twain em 1867:
"... Já tivemos a nossa dose de Espanha e Gibraltar. Tânger é o lugar que procurávamos... Nos outros sítios encontrámos coisas de aspecto estrangeiro e pessoas de aspecto estrangeiro, mas sempre de mistura com coisas e pessoas que já conhecíamos, pelo que a novidade da situação perdeu grande parte do impacto. Queríamos uma coisa inteira e intransigentemente estrangeira- estrangeira do princípio ao fim- estrangeira desde a ponta dos pés à raiz dos cabelos - estrangeira por dentro e por fora e a toda a volta - sem nada que lhe pudesse diluir a qualidade estangeira - nada que nos fizesse lembrar outras pessoas ou quaisquer outras terras debaixo do Sol. E enfim! Foi o que encontrámos em Tânger."...
em "A Viagem dos Inocentes"
Marrocos ainda é assim em 2011, nomeadamente na fantástica (porque inacreditável) cidade de Fez.
Um destino próximo, económico e realmente "estrangeiro".
Marrocos/Tânger por Mark Twain em 1867:
"... Já tivemos a nossa dose de Espanha e Gibraltar. Tânger é o lugar que procurávamos... Nos outros sítios encontrámos coisas de aspecto estrangeiro e pessoas de aspecto estrangeiro, mas sempre de mistura com coisas e pessoas que já conhecíamos, pelo que a novidade da situação perdeu grande parte do impacto. Queríamos uma coisa inteira e intransigentemente estrangeira- estrangeira do princípio ao fim- estrangeira desde a ponta dos pés à raiz dos cabelos - estrangeira por dentro e por fora e a toda a volta - sem nada que lhe pudesse diluir a qualidade estangeira - nada que nos fizesse lembrar outras pessoas ou quaisquer outras terras debaixo do Sol. E enfim! Foi o que encontrámos em Tânger."...
em "A Viagem dos Inocentes"
Marrocos ainda é assim em 2011, nomeadamente na fantástica (porque inacreditável) cidade de Fez.
Um destino próximo, económico e realmente "estrangeiro".
Uma ideia para 2011
Ano novo, educação velha. Velha de séculos.
Porque não elegermos 2011 como o ano da Educação Nacional?
Não o ano do ensino, o ano da Educação no sentido lato.
Ensino é fundamental e é uma aposta longe (bem longe) de estar ganha. Mas apenas ensino, é ter licenciados a deitar lixo pela janela fora dos seus carros de gama alta.
Educação é bem mais que isso.
É ser doutor mas insistir para ser chamado pelo nome.
É ter dinheiro mas não ser consumista.
É chegar a tempo para não ter que estacionar no passeio e não fazer esperar os outros.
Educação é o que faz avançar civilizacional e socialmente.
E é muito mais.
O Ano Informal da Educação Nacional. Sem sessões solenes de lançamento nem orçamento. Uma ideia de baixo para cima, a partir das famílias, que arraste as restantes estruturas da sociedade.
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