domingo, 29 de agosto de 2010

Prioridades noticiosas

Antena 1, notícias das 0h:

Primeira notícia, Benfica fez primeiros 3 pontos no campeonato. Notícia bem desenvolvida, com entrevistas diversas, afinal o momento é decisivo, inicio da época.

Segunda noticia, primeira vitória do Guimaraes (?). Mais um assunto de interesse nacional.

Terceira noticia, iniciativa política do CDS.

Grande país, grande e exigente povo.
Há dez ou quinze anos ainda havia o bom senso ou o decoro de deixar o desporto (ou futebol) para o fim das notícias.


sábado, 28 de agosto de 2010

Você cá, você lá

"Matilde, onde é que vai?", pergunta a mãe à criança.

Ahhhhhhhh!!!
Se o ridículo matasse!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

10 princípios básicos da mobilidade sustentável

Muito interessante. Princípios básicos que eram seguidos há 50 ou 60 anos em Portugal, no tempo das trevas, e que resultaram em bairros que funcionam. Alvalade, por exemplo. Planeava-se o bairro para ter todas as valências: habitação, centro comunitário, comércio, escolas e até igreja. Mas hoje o automóvel resolve tudo, portanto, é a selva. Tudo pode estar em qualquer lugar. Dez kms de casa ao supermercado, 5km para a escola, 50km para o trabalho. É a realidade dos tempos esclarecidos.


In http://www.menosumcarro.pt/Default.aspx?tabid=75&itemId=776&parId=68:



10 princípios básicos da mobilidade sustentável


O projecto Our Cities Ourselves e o urbanista dinamarquês Jan Gehl lançaram um livro para estimular o debate de ideias e a implantação de uma política de mobilidade pública mais inteligente.

De acordo com o blog Empresa Verde, o livro contém dez princípios básicos para transformar qualquer cidade num modelo de mobilidade sustentável.

Esta publicação fará parte de uma das exposições do Our Cities Ourselves, que decorrerá até ao dia 11 de Setembro em Nova Iorque.

Aliás, até à data final serão realizadas dez apresentações – de dez arquitectos diferentes – sobre visões para melhorar o transporte público de dez cidades de todo o mundo.

Os princípios para melhorar a mobilidade sustentável são:

1. Direito de andar. Todos os indivíduos são pedestres e é essencial ter um bom ambiente de trânsito a pé;


2. Transporte não poluente. O melhor meio de transporte é o que não polui, por isso a bicicleta e os outros transportes não-motorizados devem ser encorajados através de vias específicas.


3. Mobilidade colectiva. Para distâncias maiores e que não possam ser feitas a pé ou através de bicicleta, a melhor alternativa é o transporte colectivo.


4. Restrição ao acesso de veículos. Em lugares onde exista um grande trânsito de pedestres e muitas construções, deverá ser reduzido o acesso de veículos.


5. Serviços de entregas sustentável. As entregas devem ser realizadas da maneira mais limpa e segura possível.


6. Integração. Um bom bairro é aquele que integra áreas residenciais, comerciais e de lazer. Esta diversidade atrai as pessoas para trabalharem, fazer compras ou aproveitar o espaço.


7. Preencher espaços. Pode parecer que não, mas os moradores e turistas são normalmente atraídos para lugares onde possam realizar a maioria das tarefas diárias a pé. Preencher espaços baldios (alô Lisboa!) pode facilitar a vida da comunidade.


8. Preservação cultural. Uma comunidade torna-se mais atraente quando se expõe a sua cultura, tradição e belezas naturais. São estas que tornam todos os lugares únicos.


9. Unir os espaços. Uma boa junção dos quarteirões diminui a distância entre os destinos e aquela sensação de que se tem de ir de carro para todo o lado. E possibilitam o trânsito a pé ou de bicicleta.


10. Pensar a longo prazo. Uma estratégia de longo prazo, sobretudo na construção de infra-estruturas, torna o transporte mais sustentável.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Bibliotecas de praia em Sesimbra

Belo e útil serviço da Câmara de Sesimbra. Pelo facto de se disponibilizar às pessoas no seu período de máxima disponibilidade, poderá chegar a públicos a que não chegaria de outro modo.

E se outros méritos não tivesse, poupa algumas horas de exposição solar a quem a frequenta, e em especial crianças.





A super espécie humana

A Humanidade conseguiu num curto espaço de 100 ou 200 anos alterar a composição da atmosfera de forma drástica. Está a conseguir fazer o mesmo ao mar, de acordo com esta notícia do Público acerca da concentração de plástico nos oceanos.  Não tardará, se não estiver a acontecer já, estaremos a incorporar plástico nos nossos próprios corpos, à medida que este sobe na cadeia alimentar e se concentra.

A alteração da atmosfera já aconteceu no passado, com consequências drásticas para algumas espécies, mas nenhuma para a natureza. Foi assim quando organismos oxigenaram a atmosfera, alterando-a para sempre e no limite eliminado as condições para a sua própria sobrevivência. Ou terá sido assim, talvez de forma temporária, aquando dos factos que determinaram a extinção dos dinossauros (não tanto por alteração da composição da atmosfera, mas pela seu obscurecimento por poeiras).

Para a natureza, porém, isto não passam de ligeiros acontecimentos como quaisquer outros. A vida continuará. E mesmo que não continue, a natureza dispõe de todo o tempo do mundo (ou pelo menos até ao próximo bug cruch) para a recriar aqui ou em qualquer outro lugar. E não há razão nenhuma para ser necessária vida no Universo... Que se saiba, nenhuma espécie além da humana tem consciência para se preocupar com estas matérias.

Com o fantástico poder que a espécie humana adquiriu, conseguimos a proeza de alterar todo um planeta.
E usamos muito mal este poder. Estamos a conseguir degradar de forma significativa e irreversível as condições de vida para a nossa espécie no planeta. Estamos ao mesmo tempo a prejudicar muitas outras espécies, mas não tenhamos dúvidas que isso nada significa para a natureza. Em alguns centenas de milhares de anos a natureza terá apagado a nossa presença e criado uma nova variedade de espécies adaptadas as novas condições. A perda é essencialmente nossa.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

De bicicleta no Google Maps

Já é possível no Google Maps obter rotas para deslocações em bicicleta, mas apenas para os Estados Unidos.
Podem ler o anúncio de lançamento no blog do Google.
Em alguns locais, o mapa mostra inclusivamente os percursos específicos para bicicleta. Um exemplo para San Francisco. (Para isso é preciso activar a layer respectiva)

Em Lisboa e no país em geral já existem algumas pistas cicláveis. Era interessante que fossem alimentadas para o Google Maps, para podermos também utilizar esta opção.





domingo, 15 de agosto de 2010

O culto latino do atraso

Thomas Mann em "Mário e o Mágico", Itália, 1930:

"...notámos que a hora do começo do espectáculo, já de si tardia e que nos fizera pensar duas vezes antes de tomarmos uma decisão, era negligenciada: apenas com grande lentidão é que um público para quem o mais importante parecia ser chegar atrasado, começou a ocupar a plateia..."

Quem fala de italianos fala de portugueses ou espanhóis. Horas certas para quê?

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Menos sal

Entra agora com força de lei a redução de sal no pão.
É uma boa notícia, na sequência de algumas outras medidas deste (e do anterior) Governo.
Se fosse de qualquer outra forma (exemplo de milhões gastos em sensibilização), o resultado seria próximo de nenhum. A verdade é que só assim se lá vai.

Esta medida terá um efeito enorme. Apesar das pequenas quantidades de sal envolvidas, estamos perante a matemática dos grandes números. Todos comemos pão, em quase todas as refeições, todos os dias. Atacando em apenas um ponto, estamos ainda assim a atacar uma parte significativa do problema, em cada cidadão. A seguir entram os multiplicadores que dão escala e teremos grandes reduções de problemas e mortes provocados ou potenciados pelo sal. Mesmo a nível económico é um benefício.





Pelo mesmo caminho se deve ir no que toca à obesidade começando pela infantil e juvenil.
Não querendo eu retirar a responsabilidade aos pais, que é praticamente total, acho que temos interesse enquanto sociedade em atacar este problema das formas mais pragmáticas que encontrarmos.
Como as crianças passam parte do seu tempo na escola, e como esta é controlada pelo Estado, devemos começar por eliminar aí o acesso a maus alimentos. Falou-se nisso em tempos, não sei qual o estado actual, mas para mim é um caminho.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

A razão do meu descontentamento

Como poderão verificar abaixo, numa lista de oito pedidos feitos à Câmara Municipal de Cascais nenhum teve resposta. Dois deles até foram resolvidos (não sei se por obra da minha reclamação ou não) e de um deles tive notícia através de reclamação via Provedor Municipal. E a lista abaixo é apenas a parte recente. De todas as anteriores comunicações com a CMC, apenas aquelas em que a responsabilidade era de outros ou a resposta pronta era negativa, tiveram resposta.


Nenhum caso teve resposta. Isto é incrível e inadmissível numa Câmara que julgamos do "1º mundo" português e que até se dá ao trabalho de ter um sistema de registo de sugestões e reclamações. O pior é o posterior tratamento das questões. Porque atirar dinheiro para que se desenvolva uma capacidade informática é uma coisa, montar uma estrutura humana para dar tratamento aos pedidos é outra bem diferente.

Por esta razão e pela pouca consideração que a CMC tem pelas coisas pequenas do dia-a-dia, que são aquelas coisas que acrescentam qualidade de vida, gostaria de ter visto a Câmara mudar de mãos nas eleições recentes. Infelizmente a minha era uma vontade muito minoritária.





Caso 1

Registo: 20100707041451ng
Título: Passeio interrompido
Tipo: Urbanismo
Em: 7JUL2010
Tempo em aberto: 1mês
Notas:


Caso 2

Registo: 20100707035414ae
Título: Passadeira que dá para estacionamento automóvel
Tipo: Urbanismo
Em: 7JUL2010
Tempo em aberto: 1mês
Notas:


Caso 3

Registo: 20100530110125ks
Título: Passeio estreito e perigoso na Av. da República, Parede
Tipo: Urbanismo
Em: 30MAI2010
Tempo em aberto: 2 meses
Notas:


Caso 4

Registo: 20100517112840cv
Título: Necessidade de lomba redutora de velocidade, Rua de Santarém, Carcavelos
Tipo: Urbanismo
Em: 17MAI2010
Tempo em aberto: quase 3 meses
Notas:


Caso 5

Registo: 20100517112333fg
Título: Necessidade de lomba redutora de velocidade, Av República, Parede
Tipo: Urbanismo
Em: 17MAI2010
Tempo em aberto: quase 3 meses
Notas:


Caso 6

Registo
 
20080407111626pu 
Título: Drenagem de água pluvial na Av da República
Tipo: Trânsito
Em: 7ABR2008
Tempo em aberto: mais de 2 anos
Notas: este problema foi resolvido pela CMC


Caso 7

Registo
 
20080417064154bd
Título: Largura de passeio
Tipo: Urbanismo
Em: 17ABR2008
Tempo em aberto: mais de 2 anos
Notas: este problema foi respondido via Provedor Municipal, após respectiva intervenção, 
 
mas não resolvido pela CMC 


Caso 8

Registo20080407110655xh
Título: Passeio na AV da República, Parede
Tipo: Urbanismo
Em: 7ABR2008
Tempo em aberto: mais de 2 anos
Notas: este problema foi resolvido



Este país ainda existe?

Estive cerca de 6 horas, em Agosto e num dia de semana, a tentar falar com a Polícia Marítima de Sesimbra.

O melhor que conseguia era ser atendido pelo fax e por um técnico da PT que fazia reparação ao telefone. Liguei para a Delegação Marítima, que me deu um número de telefone móvel (!) pois por vezes andam todos por fora.


Trata-se do serviço de Polícia, apesar de Marítima, não do vendedor de bolas de Berlim! Já nem conseguimos garantir o atendimento das pessoas pela Polícia?