terça-feira, 20 de dezembro de 2016

O que podemos aprender com os franceses de Paris


Trânsito no centro da cidade

O trânsito de Paris é infernal. Muitas avenidas são de sentido único, muito largas e com muitas vias de trânsito. Todo o centro está crivado destas verdadeira vias rápidas. Os condutores têm sangue quente e não param nas passadeiras se estas não tiverem semáforos. Na hora de ponta é o caos.
Existem planos para alterar estes estado de coisas, retirando carros do centro e devolvendo espaço ao peão, mas, para já, não temos muito a aprender com os parisienses.
Vi também alguns exemplos de zonas de coexistência, mas ainda em pouca quantidade.

Pedonalidade

Mas apesar do muito espaço ocupado pelo automóvel, os pesseios são generosos, planos, sem degraus, e sem carros estacionados. Aqui já temos muito para copiar aos franceses de Paris.

Mobilidade em bicicleta

Este é ponto que me interessa mais. Aqui sim, temos muitíssimo a aprender e a imitar.
Apesar do imenso trânsito, das larguíssimas via dedicadas ao automóvel e dos transportes de grande qualidade e quantidade, Paris está muito bem preparada para se circular de bicicleta. E vêem-se milhares de pessoas a fazê-lo.

O mapa do Google mostra estas ciclovias ou via cicláveis, mas no terreno há muitas mais, embora em muitos casos de ruas estreitas e com pouco trânsito sejam apenas marcações para dar estatuto à bicicleta. Mas estas marcações são fundamentais para colocar a bicicleta ao nível dos outros utilizadores da via.


A paisagem já é de uma cidade que utiliza muito a bicicleta: vêem-se estacionadas por todo o lado, de noite e de dia. E não se pense que é apenas porque "é uma cidade plana" (mas com clima desfavorável face a Portugal). Na parte mais acidentada da cidade, Montmartre, há igualmente muitas bicicletas. Esta imagem é de lá (estacionamento noturno).




No interior da Periphérique todas as grandes avenidas têm espaço para bicicletas.
Seja em vias dedicadas, 

 

seja em partilha com os BUS, algo mutíssimo frequente.


De todas as vezes que utilizei as faixas BUS nunca senti animosidade por parte de taxistas ou autocarros. Já se habituaram à partilha.

Praticamente todas as ruas, estreitas ou largas,  têm percursos reservados ou assinalados para bicicletas e por sistema estas podem circular em sentidos proibidos. Também nestes sentidos proibidos o percurso das bicicletas está claramente assinalado.


  



Também utilizam com frequência caixas para prioritizar as bicicletas nos semáforos, e os automobilistas respeitam-nas.



Nos cruzamentos assinalam claramente o percurso da bicicleta, incluindo para mudar de via em largas avenidas.

  



Sistema de bicicletas partilhadas

E depois há o Velib, que é uma maravilha.



Utilizei o sistema durante um dia, por €1,70, com viagens em número ilimitado desde que cada uma inferior a 1/2 hora.

As estações de estacionamento estão bem distribuídos e com densidade suficiente. Ajuda muito utilizar a APP, que permite localizar as estações, o número de bicicletas disponíveis e pontos de estacionamento livres em cada uma.
Para um estrangeiro em roaming utilizar a APP sai caro, e ajudaria se cada posto tivesse informação de localização e estado dos adjacentes.

Verifiquei com alguma frequência que em vários postos mais periféricos não havia nenhuma bicicleta, e noutros mais centrais não havia pontos de estacionamento livres. Provavelmente deveria haver funcionários a deslocar bicicletas de modo a equilibrar isto. Uma vez mais, a APP ajuda nesta situação, pois as estações nunca estão muito distantes umas das outras. Há estações que dão bónus de tempo se as bicicletas lá forem devolvidas, provavelmente para contrariar este fenómeno.

Não precisei dos transportes públicos com exceção da viagem para o aeroporto. Como eu, vi imensas pessoas a utilizar o sistema, para além das que usavam bicicletas próprias. A utilização é generalizada, em género e idade.

Percorri cerca de 28Km em cerca de 10 troços. Todos os pontos interessantes da cidade são facilmente alcancáveis com estas bicicletas.
Em 2 casos as bicicletas não estavam em condições e não tive tempo para perceber se seria fácil reportar esses problemas. 
É necessário um cartão bancário (seja para a adesão via internet, seja para adesão em qualquer das estações), o que em casos pontuais pode ser um bloqueio à utilização. É porém a garantia do sistema para casos de não devolução da bicicleta.

Em geral, porém o sistema é excelente e as bicicletas estão em bom estado e cumprem a sua função. Não senti necessidade de bicicletas elétricas, mas a cidade é mais plana que Lisboa.

domingo, 16 de outubro de 2016

Poluição automóvel

Qual será o efeito do constante gás de escape, nomeadamente de gasóleo, para quem se desloca a pé ou de bicicleta no meio do omnipresente trânsito automóvel? Desconfio que seja muito pesado para a saúde, pelo menos muito desagradável, é.
Mas claro que é um impacto de somenos importância quando comparado ao inalienável direito de circular de carro sempre e em toda a parte, por todo e qualquer motivo, grandes ou ridículas distâncias. Direitos são direitos, e este deve ser daqueles que está antes do direito de porte de arma na constituição americana.

domingo, 11 de setembro de 2016

A injusta repartição do espaço público em Cascais

Esta é a repartição do espaço que a Câmara de Cascais nos oferece no centro da Parede. Um passeio que não cumpre critérios de conforto, segurança e provavelmente legais do lado direito, estacionamento selvagem do lado esquerdo e uma vasta faixa de rodagem de sentido único, que incentiva a velocidade de circulação.

Esta é uma das ruas de acesso ao centro comercial e de serviços da Parede, e à estação de comboios. Importava criar aqui boas condições de circulação pedonal e reduzir a quantidade e velocidade do trânsito automóvel, para dar fôlego a um centro que perde vitalidade. A realidade é o contrário.

sábado, 11 de junho de 2016

A Nova School of Business and Economics em Carcavelos será mais uma ilha autmóvel?

Com o início da construção da Nova School of Business and Economics anunciado para breve, perguntei à CMC se será possível chegar à escola de bicicleta, como havia apelado há cerca de um ano.



"Ex.mos Sr. Presidente e Sr. Chefe de Gabinete do Presidente


Li que a construção da faculdade NSBE será iniciada em breve. Suponho que no âmbito da sua construção também estejam incluídas as chamadas acessibilidades.
Pergunto por isso que eco teve a minha exposição feita há um ano atrás.
Em concreto, gostaria de saber se vai ser possível a todos aqueles que quiserem, independentemente da sua idade, deslocarem-se à NBSE de bicicleta, a partir dos pontos principais da sua zona de implementação (incluindo obviamente a estação da CP), seja por vias próprias, seja por vias onde a coexistência com o trânsito automóvel é garantida por meio de medidas sobejamente conhecidas pelos desenhadores urbanos. Ou se pelo contrário será perdida a oportunidade, e a NBSE se vai constituir como mais um polo de atração e geração de trânsito automóvel, a juntar à atual realidade do concelho."

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Elogio da CP

Não foi ainda há muitos anos que transportar uma bicicleta na linha de Cascais custava uns 5€, quando o passageiro pagava talvez 1€.
Foi ainda há menos tempo que um vigilante me avisou que um "senhor importante da CP, que mora aqui", não queria a minha bicicleta estacionada no local onde a deixava durante o dia quando apanhava o comboio, ainda não havia estacionamentos junto das estações.

Por isso, a evolução da CP Grande Lisboa no apoio às deslocações de bicicleta é notável e digna de elogio, com uma política largamente à frente de muitas outras instituições, como as Câmaras de Cascais ou Oeiras, para referir entidades da mesma região.
Hoje é possível transportar a bicicleta, de forma confortável e gratuita, em todos os comboios urbanos da região de Lisboa. Apenas os comboios da linha de Cascais não têm zonas especialmente desenhadas para tal, devido à antiguidade dos comboios, mas podem igualmente transportar-se neles as bicicletas. Não duvido que as nova composições, que hão-de surgir quando a linha for finalmente modernizada, serão devidamente preparadas para promover as deslocaçõs em bicicleta.

Não tenho reservas em dizer que se tiver que escolher a instituição que na grande Lisboa mais fez para promover a utilização da bicicleta, essa instituição é a CP.








terça-feira, 5 de abril de 2016

Mobilidade pedonal em Portimão

A Câmara de Portimão privilegiou o conforto para os peões e mandou a calçada portuguesa às urtigas. Assim, criou uma passadeira em cimento, sobre a calçada, numa vasta zona central da cidade, que realmente ajuda quem empurra um carro de bebé ou cadeira de rodas.
Em vez da forma, a Câmara preocupou -se mais com a função.




quarta-feira, 23 de março de 2016

"Eles" e "nós"

Vale a pena registar esta situação, pelo que ela é representativa da mentalidade portuguesa.

Dois homens encontram se na rua. São velhos conhecidos, têm cerca de 75 ou 80 anos, classe média alta, formação de nível médio ou superior . Encontram-se com frequência como nesta ocasião, e inevitavelmente trocam palavras sobre "eles", os políticos, os do momento ou os anteriores, de como são todos corruptos, de como são todos iguais, de como apenas estão no poder para enriquecer e enriquecer os amigos e familiares.  A mesma conversa de sempre, reptida à exaustão em todos os cafés do país.
Afasta-se um dos homens, e diz me o outro: "este trabalhava na empresa pública X. Meteu lá a filha, o genro, o amigo, a prima... Provavelmente já lá tinha sido metido por outro qualquer.  É preciso pagar os favores ..".

"Eles" ou "nós"?

segunda-feira, 14 de março de 2016

Concelho de Cascais: uma estreitíssima casquinha de civilização ao longo do mar

Ex.mo Senhor Presidente da Câmara de Cascais

Parede, 14MAR2016

Assunto: percurso pedonal da Escola 31 de Janeiro para o centro da Parede

Na Escola 31 de Janeiro (2 na Fig. 1) há cerca de 500 alunos, além de funcionários e professores.
Mais acima, existe o Centro de Saúde da Parede (1 na Fig. 1). Um pouco ao lado, os Bombeiros da Parede, com muitas actividades para a população. Deverão existir outros pontos de afluxo de pessoas na área, além dos habitantes daquelas zonas que têm também necessidade de se deslocar a pé.
O percurso a pé entre esta zona e o centro da Parede deveria ser funcional e seguro, por muitos motivos, mas também porque é no centro que está a estação da CP.
Deveria ser confortável e seguro para todos: não só para adultos, mas também para crianças, porque deve ser objetivo e é obrigação da Câmara criar condições para que as crianças possam circular sozinhas e seguras no espaço público.
Deveria ser um dos primeiros objectivos, ao se desenhar o espaço urbano, que uma criança de 10 ou 11 anos, pelo menos, possa percorrer esses espaços de forma autónoma e com segurança total. Esse deveria ser o teste para vias bem desenhadas e construídas. A Câmara estaria desse modo a dar um contributo eficaz para a sustentabilidade da comunidades, a promover a saúde das crianças ao estimular o exercício físico, a reduzir a imensa poluição atmosférica que se regista nas nossas ruas, e a ajudar as famílias pela autonomização crianças.
Fig. 1 – Zona em análise

Entre estes polos e o centro da Parede a deslocação a pé não é nem segura nem confortável. Apesar de apresentar vários percursos possíveis, não há um único aceitável para um adulto, quanto mais para uma criança, como mostrarei abaixo.
O trânsito é permitido em todas as ruas, largas ou estreitas, com ou sem passeios, com ou sem condições para peões. O automóvel é rei, tem acesso ilimitado a todas as ruas ou becos.
Não há nenhuma exclusividade para o peão, antes pelo contrário. O estacionamento tem sempre lugar, independentemente de existirem ou não passeios para os peões, ou existindo, se têm o mínimo de condições.
Os passeios são utilizados para tudo o que é necessário, em detrimento dos peões: caixotes do lixo, postes, sinais de trânsito. Os passeios são muitas vezes ridículos, levando as pessoas a circular pela estrada.


Desenhei 3 percursos entre alguns outros possíveis. São os percursos assinalados na Fig. 2.
É importante referir que estas fotografias foram tiradas num fim-de-semana. Se fosse num dia de semana, muitos dos passeios que se mostram livres teriam carros estacionados, nas zona em que que os pilaretes assim o permitissem. A situação é portanto ainda pior que a apresentada.

  • Percurso 1
    • Rua José Elias Garcia
    • Rua Heliodoro Salgado
    • Rua Latino Coelho ou Luís de Camões

  • Percurso 2
    • Rua José Elias Garcia
    • Largo 31 de Janeiro
    • Rua 31 de Janeiro

  • Percurso 3
    • Rua Paulo Falcão
    • Rua Barros Queirós
    • (ruas comuns ao percurso 1)
Fig. 2 – 3 percursos entre a Escola 31 de Janeiro ou Centro de Saúde e o centro da Parede

Percurso 1:


Poucos metros após deixar a Escola, e depois de provavelmente encontrar vários carros nos passeios, o peão deixa de ter passeio e tem que caminhar na estrada. Isto numa rua extremamente movimentada.
Fig. 3
Se optar pelo outro lado da rua, o cenário não é melhor: todos os metros sem pilaretes são convites ao estacionamento e os automobilistas não se fazem rogados.
Fig. 4
Mais abaixo, há que atravessar o cruzamento com a Travessa Paulo Falcão: o passeio de repente esfumou-se, não há passadeira, do outro lado é perigosamente estreito e para ajudar temos a receber-nos um sinal no meio.
Fig. 5

Continuando, o passeio volta a esfumar-se sem continuidade, sem nenhuma passadeira.
Fig. 6
Optando pelo lado mais calmo dessa rua, apesar de também ser domínio do automóvel, , nenhuma protecção ao peão.
Fig. 7
De seguida o cruzamento com a Av dos Bombeiros Voluntários. Uma confusão, os caixotes a ocupar o passeio praticamente no local da passadeira, o acesso à passadeira é estacionamento de automóveis.
Fig. 8
Entrando pela Rua Heliodoro Salgado, há um pequeno troço aceitável.
Fig. 9
Mas as coisas voltam ao normal logo a seguir:
Fig. 10
Continuamos a descer. A rua é estreita, urbana, residencial, mas há sempre espaço para circular de carro à vontade e estacionar. Para o passeio é o que restar, como aliás em toda esta zona. Não há nenhuma rua com prioridade ao peão.
Fig. 11
A seguir é o cruzamento com a R Luís de Camões. Apesar de haver bastante espaço, para o tipo de ruas, o espaço para os peões continua a ser os restos, medíocre, sem continuidade de passeios, sem passadeiras, sem protecção. Apesar dos passeios serem estreitos, há sempre oportunidade para colocar um sinal de trânsito e os pilaretes estão inclinados para fora, reduzindo-os ainda mais.
Fig. 12
Em vez de um passeio decente, há estas duas imitações.
Fig. 13
O resultado é as pessoas utilizarem a estrada para terem algum conforto, mesmo à custa da sua segurança
Fig. 14

Percurso 2


Pelo percurso 2 a situação é razoável se o peão se deslocar pelo lado direito da Rua Paulo Falcão, no sentido descendente. Se porém quiser ir pelo lado esquerdo terá que seguir sempre pela estrada, pois o passeio está sempre cheio de carros
Chegado ao cruzamento com a R Dr. Flávio Resende, para descer a R Barros Queirós, é este o cenário para aceder à passadeira, numa zona que é de pouca visibilidade mas elevada velocidade para os carros que surgem da Av dos Bombeiros Voluntários:
Fig. 15
A Rua Heliodoro Salgado, que que poderia ser um excelente percurso pedonal, como alternativa à Rua Elias Garcia, é péssima: passeios estreitos, interrompidos, com carros em cima dos passeios em todos os locais onde não há pilaretes, passeios esventrados (em boa parte pelos automóveis).
Mas como em todas estas ruas, há sempre espaço para circulação automóvel e para estacionamento (que é dos dois lados, desde que não haja pilaretes)
Fig. 16
Chega-se depois ao largo de cruzamento com a Rua Heliodoro Salgado, que já foi descrito no Percurso 1.

Percurso 3


Atravessando a Av dos Bombeiros Voluntários, o peão vai ter que mudar de passeio, porque este deixa logo ali de existir. Mais abaixo terá que voltar a atravessar  arua, caso contrário fica num parque de estacionamento. Não esquecer que este é um percurso que deverá ser possível a crianças e esta rua tem imenso trânsito. Em 20 metros, terão 3 passadeiras em ruas de elevado trânsito, uma delas sem semáforo, um outra em que os carros têm que ceder passagem, mas podem passar com luz verdes para os peões.
Fig. 17
Continuar pela Rua José Elias Garcia até à Rua José Relvas, será a solução mais segura, mas também a menos agradável e saudável, dado o elevado trânsito.
A malha de ruas estreitas e residenciais é uma oportunidade excelente para criar percursos pedonais seguros e ao mesmo tempo agradáveis. Como exemplo, a Rua Octaviano Augusto, ali perto, que apesar de ter trânsito automóvel (e estacionamento abusivo), está restringida aos moradores e, por isso, resulta numa rua com boas condições pedonais.
Para continuar na Elias Garcia, porém ainda é necessário atravessar o cruzamento com o Largo 31 de Janeiro: sem passadeira e com um contentor a receber-nos do outro lado.
Fig. 18
Continuando o percurso 3, é isto que nos espera logo mais abaixo num cruzamento: todo o espaço para os carros, nenhumas condições para os peões. E do outro lado, a mesma coisa:
 
Fig. 19
Para finalizar, a Rua 31 de Janeiro. Do lado esquerdo um passeio sofrível, do outro o costume:
Fig. 20

Conclusão


Apesar de haver uma malha de caminhos entre a Escola 31 de Janeiro (ou a zona envolvente) e o centro da Parede, onde se situa nomeadamente a estação da CP, não há um único percurso confortável, digno e seguro para os peões. Em vez disso há uma invasão de todas as ruas, avenidas, becos e travessas pelos automóveis, independentemente da largura das vias, das suas condições de segurança ou da sua tipologia. A Câmara não assegura nenhum caminho de continuidade, com exclusividade ou grande prioridade para os peões.
Este percurso tem que se tornar seguro e acessível para crianças. É responsabilidade da Câmara assegurar equidade de deslocação em segurança aos cidadãos, desloquem-se estes a pé, de bicicleta ou de automóvel, mas há um desequilíbrio notável em favor dos automobilistas no concelho de Cascais e nesta zona em particular. As pessoas, e em especial as crianças, têm o direito de se deslocarem sem constantemente arriscarem a sua integridade física nas ruas do concelho e da Parede.
Solicito por isso ao Sr. Presidente e à Câmara de Cascais uma solução e respectivo prazo de implementação que permita que todos, incluindo crianças, possam fazer esta deslocação, como é seu direito.