segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Menos um saco de plástico

E se os empregados de balcão e caixas de superfícies comerciais perguntassem por sistema se o cliente quer saco, em vez de sistematicamente ensacarem a mais pequena coisa?
Quantas toneladas de plástico (ou papel) sairiam a menos directamente para o lixo?





O Pingo Doce, na prática, foi o que fez, acrescentando ainda o pequeno desincentivo do preço do saco. E ainda bem.
Se apenas quatro ou cinco dos grandes seguissem os passos do Pingo Doce, que diferença faria. Vou ver se arranjo um contacto para fazer a sugestão. Com pouca esperança.

Quem fiscaliza a Polícia Municipal?

Ninguém, claro.




Há uns anos esta mesma Polícia Municipal rebocou-me o carro porque tinha um anúncio de venda. O carro estava bem estacionado, ao contrário deste, e num local onde há sempre lugares vagos. Não se limitaram a multar; tiveram que rebocar.


Com bons exemplos destes...

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Português

Recebi este texto por email e acho que vale a pena divulgá-lo:



"O PORTUGUÊS teve sempre o hábito de reclamar dos seus governantes…
Criticamos os autarcas, os ministros e o presidente da República…
Reclamávamos dos governos anteriores e reclamamos deste.
Já deixamos de reclamar do Guterres e do Durão Barroso… que fugiram!
Quando tivermos novas eleições, provavelmente, teremos outros governantes... (ou serão os mesmos?)
Mas o povo vai continuar a reclamar…

E sabes por quê?


Porque, o problema não está só em quem nos governa... O problema está naquele que reclama: O NOSSO POVO!!!

O PROBLEMA ESTÁ N’O PORTUGUÊS…

Afinal, o que se pode esperar de um povo que sempre “dá um jeitinho”?  Um povo que valoriza o espertalhão e não o sábio ou o justo ?

Um povo que aplaude o vencedor do Big Brother, mas não sabe o nome  dum escritor português?

Que respeito merece um povo que reelege uma Fátima Felgueiras, um Isaltino Morais, um Valentim Loureiro e outros?!!!

Um povo que admira o fulano que fica rico da noite para o dia?

Que ri quando consegue sacar a TVCABO do vizinho?

Sonega tudo o que pode e, quando pode, sonega até o que não pode?

O que esperar de um povo que não sabe o que é pontualidade? Que atira o lixo para a rua e depois reclama pela sujeira das ruas da cidade?

O que esperar de um povo que não valoriza a leitura?

O que esperar de um povo que finge estar a dormir quando um idoso ou um deficiente entra no autocarro?

O que dizer de um povo endividado, que continua a gastar mais do que pode?

O PROBLEMA DE PORTUGAL NÃO SÃO SÓ OS GOVERNANTES. SÃO OS PORTUGUESES !

Os governantes não se auto-elegeram: foi o povo que votou neles!...

Os governantes não fazem exames, ganham os votos do povo!!!

OH ZÉ POVO ABRE OS OLHOS BEM ABERTOS  DE UMA VEZ PARA SEMPRE!!!"

Participação cívica

Participei pela primeira vez na reunião pública mensal da minha Junta de Freguesia. Andava para o fazer há alguns meses, por uma razão ou outra adiava.
Havia cinco pessoas pela direcção da Junta e, no público, éramos quatro: eu pela primeira vez, uma outra pessoa, que me pareceu também participar pela primeira vez e duas senhoras que são habitués.


No fim da reunião, um dos membros da Junta congratulou-se pela anormal afluência de público a esta reunião: 4 pessoas em vez das costumeiras 2. Pareceu-me genuinamente contente pelo maior interesse nas reuniões, incentivando-nos a participar mais, trazer assuntos e convencer outras pessoas a participar. Assim farei, pois concordo que é minha obrigação cívica.




É este o triste retrato deste povo, o português. Exigente e fala-barato quanto toca a reclamar, em especial na conversa de esquina ou de café. Preguiçoso e eximindo-se a qualquer participação cívica, quando tem oportunidade de reclamar, informar-se ou sugerir.
E é isto a todos os níveis: na reunião pública da Junta de Freguesia, na reunião de pais, na assembleia de condóminos ou na assembleia da associação da qual beneficia. 
Um povo que "não se governa nem se deixa governar", lá dizia o outro.









De referir ainda que estas reuniões têm um horário consentâneo com a disponibilidade das pessoas, ao contrário das reuniões pública da Câmara, que são de manhã.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Educação

Ora aqui está um artigo que nos interessa muito.
Da autoria de Thomas Friedman, autor de (entre outros), o "Mundo é Plano", no qual aborda (também) o tema da educação e de como os Estados Unidos estão a perder esta corrida para os países orientais, com profundas consequências em termos de concorrência no futuro.


Destaco estes trechos, por terem a ver com a nossa realidade:

" There are three basic skills that students need if they want to thrive in a knowledge economy: the ability to do critical thinking and problem-solving; the ability to communicate effectively; and the ability to collaborate.
If you look at the countries leading the pack in the tests that measure these skills (like Finland and Denmark), one thing stands out: they insist that their teachers come from the top one-third of their college graduating classes."
"..."
"Duncan disputes the notion that teachers’ unions will always resist such changes. He points to the new “breakthrough” contracts in Washington, D.C., New Haven and Hillsborough County, Fla., where teachers have embraced higher performance standards in return for higher pay for the best performers."

«"“We have to reward excellence,” he said. “We’ve been scared in education to talk about excellence. We treated everyone like interchangeable widgets. Just throw a kid in a class and throw a teacher in a class.” This ignored the variation between teachers who were changing students’ lives, and those who were not. “If you’re doing a great job with students,” he said, “we can’t pay you enough.”»


"All good ideas, but if we want better teachers we also need better parents — parents who turn off the TV and video games, make sure homework is completed, encourage reading and elevate learning as the most important life skill. The more we demand from teachers the more we have to demand from students and parents. That’s the Contract for America that will truly ensure our national security."

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Cada povo tem o governo que merece

Tomando este recorte como verdadeiro (e se não é, muitos outros textos há no mesmo sentido, nesta época), há 125 anos a culpa era da Monarquia.

100 anos de República depois, no entanto, a situação é semelhante.



Jornal republicano A Vanguarda
23 de Agosto de 1895


Será talvez difícil, passado um século, culpar ainda a Monarquia.
Hoje, atiramos a culpa para "eles", para os "políticos".

Mas não será estranho que, passado todo este tempo, com três regimes radicalmente diferentes entre si, o problema de há 125 anos se mantenha? Qual será o elemento comum ao longo destes 125 anos?
Não é a Monarquia. Não são os "políticos", pois já não são os mesmos de há 125 anos, e já tivemos várias gerações deles, com mais de 30 anos de eleições livres.

Não será o povo português o elemento comum a todo este período? Sim, não seremos "nós" em vez de "eles"?

Enquanto só formos bons a desresponsabilizar-nos, a empurrar a culpa do desgoverno para "eles", não me parece que "eles" façam alguma coisa por "nós".