Esta é uma imagem retirada da Internet. Não é de maneira nenhuma uma raridade, antes é a norma na região de Lisboa. As pessoas partem do princípio que se é possível conduzir para o passeio, então é permitido estacionar. Ficam de fora os passeios "patrulhados" pelos imprescindíveis pilaretes e algumas zonas onde, por força da multa ou se tratar de áreas nobres, o descaramento não chega a tanto.
Como é que não há vergonha de serem necessários pilaretes para nos impedir de fazer algo que é proibido, como algo que se esconde de uma criança para que ela não possa desobedecer?
Como é que não há vergonha de serem necessários pilaretes para nos impedir de fazer algo que é proibido, como algo que se esconde de uma criança para que ela não possa desobedecer?
Que o automobilista nacional, podendo, estacione onde pode, não me admira. Que as forças policiais pouco façam contra isso, passando vezes sem conta por casos destes sem parar, não me admira igualmente. Afinal, se não se tratar de bloqueio, quantas multas destas serão pagas?
O que me admira verdadeiramente é o povo-peão admitir isto! Desviar-se do seu passeio para a estrada, por vezes correndo perigo, por vezes levando crianças pela mão ou em carro, para que sua majestade, o carro, possa deixar o seu ainda mais majestático dono a 5 metros do seu destino.
Como é isto possível?
Brandos costumes? Se de outro caso se tratar, os costumes não são assim tão brandos. Veja-se o futebol ou algum golpista numa bicha.
Veneração ao automóvel? Talvez, pois só assim consigo explicar que tantos muros, paredes, autocarros ou comboios estejam conspurcados de graffitis mas nunca os veja em carros. Até estes artistas os poupam.
Pois, como digo, não sei como admitimos isto. Por vezes, como na fotografia, ocupando todo o passeio, empurrando os peões para fora da segurança daquilo que é o seu espaço na rua.
Como não admitir, podemos perguntar-nos? Chamando a polícia? Para quê, se a polícia passa por tantos abusadores destes sem sequer se deter?
Pois eu respondo: desencorajando os condutores que assim estacionam a fazê-lo de novo.
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