terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

35h de trabalho

Os funcionários públicos estão tramados. Nem percebem o tiro que estão a dar nos pés.
De 40 horas de horário - os que ainda o têm - vão passar a trabalhar 35. Será uma revolução na produtividade, pelo que vão sobrar muitos funcionários - aumento do desemprego.
Faziam muito melhor em estarem quietinhos e caladinhos, continuarem a ter horário de 40h e trabalharem talvez umas 20.
Ou se calhar estou a perceber mal.

sábado, 6 de fevereiro de 2016

Mobilidade pedonal em Cascais - inconsistência de práticas

Há pouco mais de um ano, talvez, este troço da Avenida da República, na Parede, sofreu uma intervenção que lhe retirou uma faixa de estacionamento para criar uma nova faixa de rodagem. A zona ficou assim com duas faixas. Os automobilistas beneficiaram, circulam agora de modo mais fluído. Mais uma zona de velocidade facilitada.

Agora vejamos o tratamento dado aos peões.
Ao mesmo tempo que noutras zonas do concelho, nomeadamente na Parede, se fazem intervenções para transformar lancis em rampas nos passeios (e bem), aqui o peão é presenteado com 3 degraus num curtíssimo espaço (alem de um contentor de lixo, logo para começar) . Isto depois de intervenção na zona, repito.


Quem tem a experiência de empurrar carros de bebé, ou cadeiras de rodas com adultos, sabe o esforço adicional que representam estes degraus com que os desenhadores das nossas ruas nos presenteiam a cada passo. É preciso encostar a roda da frente ao lancil e parar. Fazer um esforço de alavanca e subir a roda da frente. Depois, encostar a roda de trás ao lancil e parar de novo. Voltar a fazer o esforço de elevação e finalmente avançar. Repita-se isto dezenas de vezes num percurso só. Há avós que já não o consegiuem fazer. Parace pouco, mas apenas para quem só anda de carro, como parece ser o caso de quem nos desenha as ruas.

Estes lancis deveriam representar um degrau zero. Mesmo quando são feitas as ditas rampas, muitas vezes fica 1 ou 2 centímetros. Mesmo este pequenoi degrau significa um esforço, pois quem empurra não quer que quem é empurrado sinta solavancos. Não se percebe a necessidade deste degrau, que não tenho visto em cidades que verdadeiramente têm em conta dos peões.

Claramente na Câmara Municipal não há um manual de normas a cumprir ao desenhar passeios e ruas. Quem quer faz bem, quem quer faz mal. De um lado gasta-se dinheiro a corrigir, enquanto ao mesmo tempo, noutro lado, se faz novo e mal.