terça-feira, 31 de março de 2015

Infeções hospitalares



"A taxa de infeções no Serviço Nacional de Saúde é duas vezes superior à média europeia, registando-se um aumento de mais de 50 por cento em três anos. Em 2013, uma em dez pessoas internadas contraiu uma infeção hospitalar."


http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=816634&tm=2&layout=123&visual=61




Uma parte disto (significativa?) tem a ver com a negligência e a ideia de que as regras são boas para os outros.

Existem regras nos hospitais, mas muitas pessoas (os profissionais, quero dizer) não acreditam muito nelas, não as interiorizam, como acontece noutros países mais "cinzentos", menos "criativos", mas onde o cumprimento de regras traz de facto melhorias de processo que só se verificam nos grandes números. Ie, não se vêem resultados imediatos, apenas quando se faz uma análise prolongada. E como cá temos muita dificuldade em acreditar em ciência e em análises sérias....

Um exemplo é a lavagem de mãos.
Até existem muitos cartazes, acredito que também muitas formações e informações.


Mas a verdade é que continuo a ver muita gente que simplesmente não sabe lavar as mãos. Gasta muita água e muito detergente, mas não é eficaz, porque coloca detergente e de imediato faz correr água sobre as mãos. Na prática, está a passar o detergente directamente do frasco para o esgoto, sem o deixar ser eficaz nas mãos.

Mas e fazer as pessoas mudar de hábitos? Isso é que é difícil no nosso país. É uma dificuldade de séculos.



segunda-feira, 23 de março de 2015

Palavras e atos

Há já vários anos que tenho uma chávena de café de louça no escritório.

Bebo em geral 2 cafés por dia. Com cerca de 230 dias úteis por ano, são 460 copos de plástico que não utilizo.

Também utilizo uma garafa de plástico, que substituo de mês a mês, para beber água. Estimo que sem a garrafa utilizaria pelo menos 2 copos de água de plástico por dia. Mais 460 copos por ano.

Ainda tenho uma caneca para beber chá. Neste caso estimo uma poupança de 1 copo por semana, 48 copos por ano.

 

No total, evito o consumo de cerca de 1000 copos por ano.

Parece pouco.

Mas se mil colegas meus fizessem o mesmo, seria 1 milhão de copos por ano.

Se o mesmo fosse feito em 1000 empresas, seriam 1000 milhões de copos por ano.

 

E que tal passarmos das palavras ao atos? Só depende de cada um fazer o mesmo.

sábado, 21 de março de 2015

Lista VIP das Finanças

Este é mais um caso grave, a juntar a outros. Mas que incomoda pouca gente, na inconsciência em que as pessoas estão relativamente aos temas do direito à privacidade.

Grave, primeiro porque se trata de, uma vez mais e de forma evidente, tratamento desigual entre os importantes e os outros. Uma lei para uns, outra lei para outros. Ou melhor, uma lei só para uns, que os outros escapam-lhe.

Segundo porque parece evidenciar o total descontrolo do acesso a dados confidenciais, como eu acho que é a norma em Portugal. Algo que não diz nada à maioria das pessoas, mas que é gravíssimo.

Na minha opinião há neste caso matéria de ilegalidade relativamente ao primeiro ponto, ao se tratarem cidadãos de forma desigual, e pelo menos negligência relativamente ao segundo.

Vamos ver se dá alguma coisa além de umas inócuas demissões.

quarta-feira, 18 de março de 2015

Corrupção

Os brasileiros saem à rua para protestar contra a corrupção.
O Brasil não é de facto conhecido pela sua transparência (teve um bom professor?). Mas será que a gravidade dos casos lá é maior que cá, fazendo a necessária correção pelo tamanho do país e da economia?
Quantas vezes é que já fomos para a rua protestar por casos aos quais não foi feita justiça?
(Vale a pena listá-los, só aqueles que vêm à luz do dia?)

Enquanto não chega de forma evidente ao bolso, o portuga não quer saber, quem rouba o Estado é pouco menos que um herói. Só quando começa a haver cortes visíveis é que o povo sai para a rua. Tarde demais, claro.