sexta-feira, 25 de maio de 2012

Orçamento participativo em Oeiras

Oeiras está a estrear-se nesta modalidade de consulta à população: http://op2012.cm-oeiras.pt/


Das 5 propostas já apresentadas (há uma modalidade de apresentação via Internet, em paralelo com Assembleias presenciais), 3 delas já são relacionadas com mobilidade em bicicleta ou a pé: http://op2012.cm-oeiras.pt/ListaPropostasValidadas.aspx

Aconteceu o mesmo no Orçamento Participativo 2011 de Cascais, como demonstrei antes, e o resultado foi NULO.


Vamos ver o que acontece em Oeiras este ano.



domingo, 6 de maio de 2012

Atraso nacional

Contaram-me esta história passada numa grande empresa nacional:

Tinham passado 9 ou 10 minutos da hora marcada para o início de uma reunião, imaginemos que era às 14h, quanto entrou um director.
Esta reunião contava talvez quinze pessoas, todas elas gestores médios e directores.
Caso raríssimo naquela empresa, tinha começado à hora, quando muito com 1 ou 2 minutos de atraso.

O director entrou, olhou francamente espantado por a reunião estar já a decorrer, e perguntou algo como "mas a reunião não era às 14?", como se de facto atrasar 9 ou 10 minutos não fosse atrasar.

O espanto era de facto genuíno, pois na realidade é raro é o acontecimento que comece a horas, seja ele um concerto, uma aula, um comício, um jantar de amigos, uma reunião de condomínio, ou uma reunião de trabalho numa empresa.
E não estamos a falar de 1 ou 2 minutos como naquele (raríssimo) caso. Estamos sempre a falar de 15 minutos para cima.


Ora será que isto não tem nenhum impacto no estado geral de Portugal?

A maioria das pessoas dirá que não. Há sempre outros factores, 1001 outros, que explicam as crises e as condições de vida portuguesas. As invasões francesas, a ditadura, a falta de recursos naturais,.... E como são 1001, não é de facto nenhum. Quando todos são responsáveis, ninguém é de facto responsabilizável.

E este factor, que parte da coisa explicará? Ou será que esta falta de pontualidade é apenas um dos muitos factores que fazem de nós poucos produtivos e que resolvê-lo só por si, ainda que fosse possível, não resolveria de facto nada (ainda ficam os intermináveis e incontáveis intervalos para o café e para o cigarro, e, e, e ....)?

Pois é. De facto acho que i) nem se consegue mudar, nem ii) se se conseguisse, mudava alguma coisa de substancial.

E soluções?

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Como exemplo do contrário, tanto na pontualidade como no resultado global, tenho um para contar. E este é mesmo comigo.

Encontro de clientes de uma grande empresa sueca, na Suécia.
Existe uma agenda e esta é para cumprir.
O intervalo para almoço na cantina, de meia-hora, cumpre-se, ainda que apeteça ficar por ali mais um bocado a esticar as pernas ou a mascar (ou lá o que é) tabaco.

Chegam-se as 17h, a sessão de trabalho está animada e até parece contra-produtivo terminá-la.
Mas termina. Porque às 17:30 está agendada uma conversa amena à volta de umas cervejas.
E é assim.

E é assim que a Suécia está em 10º no Índice de Desenvolvimento Humano e Portugal em 41º.
"Não é nada por isso", diz a malta.
Pois não, é por causa de 1001 outros factores. 
E como são muitos, ficamos assim.

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E mais um exemplo nacional:


Cerca de 30 pessoas na sala para uma formação. Muitas delas deslocaram-se do outro lado da cidade para assistir.
O formador chega 5 minutos após a hora marcada. Verifica que não tem o adaptador adequado para ligar ao projetor de video da sala. Vai buscá-lo. Luta depois com diversas aplicações e conectividade para poder mostrar aquilo a que se propôs.

A sessão começa finalmente 22 minutos depois da hora marcada.


30 pessoas, 22 min cada, representa 11 horas de trabalho.
É isso: passamos muitas horas no emprego. Mas e a trabalhar, quantas são?

Mais bicicletas

Parece-me que há-de facto mais pessoas a circular de bicicleta na zona da Parede/Carcavelos.
Deve ser a crise, a A5 também viu reduzir muito o seu trânsito.


Mais ciclistas, sim, mas ainda assim muito residual!
Vamos ver quando é que Cascais começa a dar umas pisadas no sentido de imitar Lisboa, que está no bom caminho.
É preciso criar massa crítica.
Ando a explorar essa ideia.






Parabéns pela Duque D'Ávila, que maravilha.
Progresso é isto.


Os peões é que também gostam das pistas, talvez porque sejam mais lisas que a calçada. Mas pronto, hão-de habituar-se, também já me apitaram por estar numa pista/passeio em Munique...