segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A indústria arrogante

A indústria da medicina continua a ser arrogante. Médicos, consultórios, clínicas, locais de exames de diagnóstico.
Quer saúde? Espere. Pague e espere. E espere o que for preciso.

Chega-se à hora. Atendem-nos no estilo do mais tradicional funcionalismo público. Depois dizem-nos que podemos esperar. E mais nada.
Não nos pedem desculpa pela hora que vamos esperar além da hora marcada, perguntando-nos se podemos esperar. Não. Nem sequer nos avisam do atraso. Podermos esperar já é um privilégio.
O cliente da saúde é alguém que apenas se pode limitar a esperar, não pode aspirar a ser dono do seu tempo. Não tem direito a isso.
E quando perguntamos a que horas seremos atendidos, olham-nos com estranheza, não acham sequer normal terem que dar uma ideia do atraso. O doente é um paciente.

E isto no privado. Que dizer do público. Aí chamam-nos para a consulta e algures nesse dia talvez sejamos atendidos.

Juntamente com a justiça (com a qual tenho tido a sorte, até agora, de ter pouco contacto), esta indústria da medicina deve ser uma das mais arrogantes que por aí subsistem.

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