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sábado, 19 de novembro de 2011

Orçamento participativo - apelo ao voto

Já faltam poucos dias de votação para o Orçamento Participativo de Cascais de 2011/12. Todas as pessoas que de algum modo se interessam por este concelho podem votar.

Dos vários projectos que chegaram a esta fase, seleccionei dois (podem-se consultar todos aqui), pelo seu potencial estrutural e abrangência concelhia:



Projecto 17 - Hortas comunitárias para o concelho (incluindo AUGIs)

Cascais

Espaço Agrário

Hortas comunitárias para o Concelho (incluindo AUGIs)
A proposta propõe a construção de hortas em terrenos municipais abandonados, geridas por Associações de moradores ou a designar. Além de legumes frescos e mais saudáveis, a iniciativa visa ajudar as famílias envolvidas na melhoria do orçamento familiar e permite aos jovens contacto com a terra e a agricultura de uma forma lúdica e agradável.



Projecto 24 - Sistema de bicicletas públicas

Cascais

Espaço Público

Sistema de bicicletas públicas
A proposta prevê a criação de vários pontos estratégicos para depositar e recolher bicicletas (na CMC ou juntas de freguesia mediante o pagamento de um depósito). O sistema necessita apenas de um cartão com chip. Este sistema funciona como alternativa ao transporte público convencional.




O primeiro tem imenso interesse e a sua descrição justifica a minha escolha: "Além de legumes frescos e mais saudáveis, a iniciativa visa ajudar as famílias envolvidas na melhoria do orçamento familiar e permite aos jovens contacto com a terra e a agricultura de uma forma lúdica e agradável."

O segundo tem o potencial de forçar a criação de condições para a circulação mais generalizada de bicicleta.

Acontece que não me parece se necessário um tal sistema, num concelho como o de Cascais.
É possível estacionar facilmente a bicicleta, é possível transportá-la no comboio. Não existe a necessidade de trocar de transportes públicos numa mesma viagem, levantando a bicicleta num ponto para a deixar noutro, como acontece numa grande cidade.
Assim, promover a bicicleta no concelho de Cascais por este meio parece-me matar uma mosca com um canhão. Despesista, megalómano, à lá Satu de Oeiras. Para encher o olho.

Assim, apesar de lastimar profundamente a falta de condições e de adesão à mobilidade ciclista, não me apeteceu apoiar este tipo de iniciativa.

Votei assim no projecto 17, Hortas comunitárias para o concelho.

Peço a todos que façam o mesmo. 

Há imenso potencial para as hortas urbanas de pequena dimensão.



sábado, 5 de fevereiro de 2011

Hortas urbanas de Carcavelos

Começam a ser cultivadas e dar os primeiros frutos.





Poder cultivar uns legumes à porta de casa, ser alternativa à depressão ou ao lixo televisivo, constituir-se como agregador da vizinhança.
Isto é progresso, por mais antiquada ou saloia que a agricultura seja por cá considerada.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Hortas Urbanas

Observando taludes de vias rápidas ou baldios diversos na cidade de Lisboa e arredores, torna-se óbvio que existe uma grande procura por terrenos para fazer agricultura urbana.








Se a procura está toda satisfeita desta forma ou se apareceria nova procura com oferta de hortas mais organizadas, ou ainda se a procura total resultaria menor se este tipo de actividade fosse regulado, é uma incógnita.

Esta agricultura urbana é hoje maioritariamente realizada de forma "selvagem" pelas classes mais desfavorecidas da população.
Penso que não é descabido pensar que, se a actividade fosse regulada, provavelmente com o fim destas zonas marginais e o aparecimento de alguns formalismos e taxas, parte desta população fugiria desta actividade.

Por outro lado, julgo que existe uma enorme apetência pela prática de agricultura na cidade. Digo isto por várias razões.
Primeiro porque na verdade a maior parte da população da grande Lisboa ainda tem raízes ligadas à terra.
Por outro lado, parte da população que se reforma, ainda em idade activa, tem poucos hábitos de actividade de índole mais intelectual, pelo que, não regressando à sua terra natal, fica demasiado desocupada.
Ainda a favor, o facto de esta ser uma tendência crescente e de sucesso noutros países desenvolvidos, nomeadamente devido ao desejo das pessoas pelo contacto com a terra e a natureza, e a necessidade de alimentos de maior fiabilidade.

Dito tudo isto, gostaria de ver uma muito maior proliferação de oferta de espaços para a realização desta actividade com condições dignas.

Já vi estas hortas em vários pontos da Europa, ocupadas por pessoas de todos os estratos, com óptimas condições, com listas de espera e enorme sucesso. A sua implementação de forma mais massiva em Portugal peca por tardia e tem raízes num certo provincianismo que dita ser a agricultura um coisa para estar na parvónia, feita por saloios ou até afastada para outros países, que nós dedicamo-nos a actividades mais sofisticadas do terciário.
Já deu para ver que ter alguns alimentos à porta pode dar jeito.








Em Oakland, EUA

> Lfs diz:

"Faz umas semanas fui dar uma volta e passei pela zona da Graça em Lisboa. Qual não foi o meu espanto ver uma horta por ali numa encosta: http://maps.google.com/?ie=UTF8&ll=38.718092,-9.131601&spn=0.000512,0.001206&t=h&z=20 

Nesta foto ainda não existe horta nem é visível o trabalho efectuado na criação de taludes mas nesta altura já está ali uma pequena quinta"