domingo, 11 de outubro de 2015

Vilamoura, um bom exemplo

Neste verão tive a oportunidade de passar férias em Vilamoura.
Tive uma boa surpresa em termos das condições que a vila (?) oferece a quem quer deslocar-se a pé ou de bicicleta. Não conheço nenhum outro local com este nível de desenvolvimento em Portugal.

Apesar de ter ficado a mais de 1km da praia e do centro, não tive nenhuma dificuldade em deslocar toda a família, incluindo crianças pequenas, com conforto e segurança, sempre de bicicleta e para todo o lado.

Vilamoura fez uma opção, que se pode resumir na fotografia seguinte:



Deve dizer-se que apesar destas condições de exceção [em Portugal], o trânsito continua muito intenso. Afinal, a maioria das pessoas que lá estavam nessa altura têm outros hábitos de deslocação, ou seja, de automóvel para todo o lado.

Não que lhes fosse difícil adotar outros hábitos temporariamente: Vilamoura dispõe de um sistema de bicicletas partilhadas, que não precisei de usar, mas que me pareceu muito funcional e barato. Por 20€, pode-se usar as bicicletas durante 1 mês, dispondo o sistema de 40 pontos de levantamento/entrega. (ver http://www.inframoura.pt/pt/sistema).






Apesar do trânsito elevado, as condições criadas permitem que quem quer prescindir do carro o faça com conforto e segurança, um caso que do meu conhecimento, repito, é único no país.


Mapa da rede de bicicletas partilhadas em http://www.inframoura.pt/Cache/binImagens/mapa-de-rede-atualizado-1612.PDF

E em que se traduzem estas condições excecionais para a mobilidade pedonal e ciclável?


Além das óbvias ciclovias, houve preocupação em dar continuidade e eliminar desníveis para os precursos em bicicleta. Raramente encontrei lancis num percurso ciclável.

Lisboa, que tem feito uma evolução interessante e notório na mobilidade ciclável, está claramento atrás em termos da qualidade dos percursos que tem construído.

 



Em muitos locais as ciclovias estão afastadas da estrada



e noutros é utilizada parte do passeio.





Nalgumas zonas, porém, as ciclovias são as bermas das avenidas e estradas. Tendo em conta a velocidade condicionada do trânsito, porém, isto não consitui perigo, como aliás deveria acontecer em todas as zonas urbanas.

 


Há uma permanente sensiblização aos automobilistas para o cuidado a ter com os restantes utilizadores da via, seja pela utilização de sinalização, seja por medidas indutoras de redução de velocidade.
Exemplos nas fotografias abaixo: sinalização, pilaretes na estrada que impedem a ultrapassagem na zona de passadeiras e impõem baixa velocidade, e lombas redutoras de velocidade.





Em Vilamoura as condições criadas para circulação dispensando o automóvel contribuem para maior qualidade de vida.

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