sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Emprego

Passei agora por uma equipa de recolha de lixo dos quintais. Era uma equipa da Câmara Municipal que contava três elementos: dois operários e um motorista do camião.
Os dois operários estavam a carregar as ramagens enquanto o motorista, com o motor desligado (e bem), estava refastelado ao volante, esperando.

O motorista é o que apenas conduz, os outros dois são os que apenas carregam. Nada de confusões nem usurpação de funções.

A mim parece-me que os subsídios de férias e natal dos que estavam a carregar vão pagar em 2012 e 2013 o ordenado do motorista (ou vice-versa, não interessa ao caso).

Como é que estaremos daqui a 2 ou 3 anos, passados estes apertos actuais?
Na mesma, penso eu. Eventualmente repõem-se os vencimentos e os 14 meses, e os três que podiam ser dois continuarão como dantes. Porque estas medidas são horizontais, reduzindo igualmente a todos.

Até podemos querer manter o quase-pleno emprego, como tem sido política nos últimos 20 anos. O que não podemos é querer isso e tudo o resto.
Porque, no limite, colocar uma pessoa a fazer parede e a outra a desfazê-la, gera dois empregos. E parece que até acrescenta o PIB. Mas tem algum interesse?


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