sábado, 12 de março de 2011

A insustentável leveza dos jornais nacionais

Há alguns anos, comprava um diário ao fim de semana, variando entre o DN e o Público, com preferência para o segundo. Nos dias de semana não comprava, por falta tempo.

Entretanto, com o objectivo de atingirem mais leitores, estes diários aligeiraram-se no conteúdo e aumentaram o espaço dado à imagem. Tornaram-se tão superficiais que deixaram de valer a pena. Deixei de comprar.

Penso que com este movimento, estes jornais perderam os seus leitores mas não conquistaram os dos outros jornais, para quem DN e Público continuam a ser pouco sensacionalistas.
Percebo que os primeiros leitores sejam insuficientes para alimentar estes jornais, mas não sei se a cura não matará o paciente.

Na verdade, entre ler notícias nos diversos gratuitos ou comprar um daqueles diários, a diferença não compensa o preço.

Agora leio notícias numa aplicação de telemóvel, normalmente do New York Times. Leia-se uma destas notícias e outra numa aplicação semelhante de uma publicação nacional. Na segunda, relata-se o facto e nada mais. Nenhuma análise, nenhum contexto. Não vale mesmo a pena. Dificilmente poderão vir a cobrar por aquele conteúdo, tal como estão a deixar de conseguir cobrar pelo seu equivalente em papel.



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